Francisco Cabral: “A espera foi boa para nos adaptarmos e conseguimos fazer um jogo muito sólido”

Francisco Cabral regressou a Wimbledon com uma vitória ao lado de Rafael Matos, o parceiro brasileiro com quem teve de enfrentar vários atrasos por causa da chuva até conseguir, finalmente, disputar e vencer o encontro da primeira ronda de pares masculinos ao sétimo dia. E apesar de ter reconhecido que se tratou de uma semana difícil destacou os aspetos positivos da situação que teve de enfrentar antes de derrotar os britânicos Liam Broady e Jonny O’Mara.

“Claro que foi uma semana difícil, estou cá desde quinta-feira por isso foi uma semana e três dias à espera de jogar. Mas, por outro lado, foi bom porque deu-nos tempo para nos adaptarmos à relva, que é diferente de todas as outras. Não tivemos assim tantos treinos e encontros juntos [nesta superfície], por isso acabou por ser bom termos a oportunidade de fazer vários sets de treino com outras duplas e hoje apresentámos um ténis sólido”, contou ao Raquetc depois da vitória em sets diretos na tarde deste domingo.

Questionado sobre o segredo para sobreviver a sucessivos atrasos e interrupções por causa da chuva, o melhor ‘duplista’ português da atualidade (49.º classificado no ranking ATP) foi peremptório: “Não há um segredo, é mantermo-nos tranquilos e percebermos que a chuva não está sob o nosso controlo, por isso temos de aceitar as condições.”

A vitória fez-se pelos parciais de 7-5 e 6-4 perante uma dupla convidada e composta por dois jogadores que estão mais habituados a atuar nesta superfície. Por isso, Cabral destacou a prestação do conjunto luso-brasileiro como “um bom encontro, muito sólido e conseguido da nossa parte.”

Sobre a experiência de ter atuado num show court que contou com as bancadas cheias, o portuense de 25 anos só teve comentários positivos a fazer: “Foi muito giro. No ano passado disputei dois encontros, mas nenhum foi num court grande. Este é o quinto maior do complexo e tinha as bancadas cheias, por isso o ambiente foi muito bom. Foram sempre muito respeituosos para com as duas equipas. Claro que estavam todos a favor dos nossos adversários, mas prefiro jogar com um estádio cheio e que respeite do que com o estádio vazio. Espero que amanhã tenha a oportunidade de repetir a experiência, vamos jogar no mesmo campo.”

Novamente apurado para a segunda ronda (há um ano fê-lo ao lado do melhor amigo Nuno Borges no torneio que assinalou a estreia em Grand Slams), está preparado para enfrentar dificuldades na jornada de segunda-feira frente aos croatas Nikola Mektic e Mate Pavic, que venceram Wimbledon em 2021, o US Open em 2020 e o Australian Open em 2018, para além de terem jogado duas finais (2018 e 2020) em Roland-Garros: “Espero uma batalha enorme, sabemos a qualidade que eles têm. Se não são a melhor, são uma das melhores duplas dos últimos cinco anos. Conhecem-se muito bem e estão habituados a estes desafios, portanto vamos ter de estar ao nosso melhor para termos hipóteses.”

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