ATP e WTA reúnem-se no final de setembro para discutir possível fusão

Três anos e meio depois de Roger Federer ter despertado a comunidade tenística para a possível solução com uma curta mensagem no Twitter (atual X), a Associação de Tenistas Profissionais (ATP) e a Associação de Ténis Feminino (WTA) vão reunir-se, no final de setembro, para discutir uma eventual fusão entre as duas organizações que gerem os circuitos mundiais de ténis.

A revelação foi feita este domingo pelo The Telegraph. De acordo com o jornal britânico, Andrea Gaudenzi e Steve Simon, respetivamente os responsáveis máximos da ATP e da WTA, estarão finalmente a trabalhar no sentido de alinharem os circuitos e convocaram os seus executivos e representantes de torneios para uma reunião de dois dias em Londres, no final de setembro.

As conversas entre os dois circuitos acontecerão numa altura em que a Arábia Saudita se tornou tema de discussão recorrente para ambos: se o masculino anunciou que a edição de 2023 do NextGen Finals (o evento não pontuável para o ranking que reúne, em teoria, os melhores sub 21 da época) acontecerá em Riad, a capital saudita, o feminino ainda estuda o melhor local para o próximo WTA Finals, o “Masters” principal que apesar de acontecer no final de outubro ainda não tem palco anunciado.

O tema Arábia Saudita é um dos que mais discussões levanta atualmente junto da ATP e da WTA, mas não o único: no golf, o “desporto primo” pela globalidade que também o caracteriza, a LIV Golf e o PGA Tour anunciaram recentemente uma fusão histórica que colocará o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita no epicentro do desporto; e no próprio universo tenístico paira a possibilidade da associação de jogadores fundada por Novak Djokovic (PTPA) agir a favor de um circuito paralelo.

Assim, e ainda de acordo com o The Telegraph, terão sido várias as discussões entre os mais altos responsáveis de ambos os circuitos durante a primeira semana do US Open de forma a discutir uma possível fusão entre a ATP e a WTA que salvaguarde a essência de ambas as organizações e respetivos circuitos.

Atualmente, os circuitos mundiais masculino e feminino têm parceiros comerciais e direitos televisivos e de dados diferentes, o que poderá levantar desafios a uma fusão que nunca ninguém conseguiu definir ou esclarecer.

A publicação britânica aponta os tenistas masculinos como a parte menos entusiasmada com o assunto, atendendo à diferença de prize money que existe atualmente entre os dois circuitos (cerca de 75% superior para os homens) apesar de alguns torneios já igualarem os prémios monetários.

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