Djokovic aposta todas as fichas no US Open: “Com a minha idade, sei que cada final pode ser a última”

Novak Djokovic firmou esta sexta-feira a sexta vitória de uma quinzena que se está a aproximar da perfeição no US Open e voltou a inscrever o nome na final dois anos depois. O sérvio, que foi há um ano impedido de competir em Flushing Meadows devido à falta de vacinação, aposta todas as fichas num 24.º título do Grand Slam e depois da vitória segura por 6-3, 6-2 e 7-6 (3) frente a Ben Shelton passa a estar a apenas uma barreira de distância da glória.

Nas primeiras impressões que teceu na conferência de imprensa, o por três vezes campeão do US Open não escondeu o alívio depois de ter arriscado a ida a quarto set após uma série de hesitações: “Foi ótimo ter conseguido ganhar em três sets, estava tudo a correr bem até ao 4-2 do terceiro set, mas depois as coisas complicaram-se. Ele elevou o nível e não foi fácil fechar, apesar de não querer nada disputar um quarto parcial. Estou muito satisfeito com o meu nível de jogo, desde a primeira ronda do torneio de Cincinnati até agora. Chegou a etapa decisiva.”

Tem às portas a chance de reforçar o registo histórico masculino com o maior número de títulos do Grand Slam e uma sétima vitória traduzir-se-á, igualmente, no empate com Margaret Court (24) enquanto recordista, mas Djokovic voltou a assegurar: “Não estou a pensar em nenhum tipo de recorde, mas sou ciente de que com a minha idade cada final pode ser a última, e por isso devo aproveitar ao máximo cada presente na minha carreira. Sei que estou perante a possibilidade de fazer mais história, mas não tenho tempo para pensar nisso porque sei que pode acontecer algo. Há uns anos poderia ter ganho os quatro Grand Slams na mesma temporada e acabei por não conseguir.”

Ainda assim, apesar dos 36 anos, o ainda número dois mundial — que vai regressar ao topo da tabela já na segunda-feira — não dá sinais de abrandar e explicou que, enquanto assim for, não pensa no adeus ao ténis: “Sem querer parecer arrogante, não posso dizer que me surpreenda o que tenho andado a fazer porque sei o quanto trabalho dia a dia para estar aqui, sei que o mereço. Acredito muito nas minhas qualidades enquanto tenista e a idade é apenas um número, não quero sequer pensar em deixar o ténis enquanto ainda estiver no topo, não há nenhuma razão para o fazer. Só vou pensar na despedida quando os jovens começarem a ultrapassarem-me nos Grand Slams, mas neste momento ainda me sinto bem na luta.”

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