Medvedev e a reedição da final de 2021 com Djokovic: “Se eu quiser vencer, terei de ser 10 vezes melhor”

Daniil Medvedev contrariou o favoritismo que era atribuído a Carlos Alcaraz na segunda das meias-finais masculinas do US Open e saiu por cima de um duelo de campeões ao vencer por 7-6 (3), 6-1, 3-6 e 6-3. O moscovita, que vai disputar pela terceira vez na carreira a final em Flushing Meadows, quer repetir o desenlace de há dois anos numa reedição agendada com o sérvio Novak Djokovic.

Admirado pela velocidade de jogo de Alcaraz, Medvedev admitiu que ter pouco tempo de reação foi um dos principais obstáculos que teve de ultrapassar para se poder desenvencilhar do espanhol: “Quando estou a um bom nível, defendo muito bem. Corro rápido, mas contra Carlos é sempre perigoso porque tudo acontece muito rápido e nem tenho tempo de olhar para o outro lado. Cada vez que olhava para ele e era mais lento, pensava: ‘na próxima vez tenho de estar melhor’.”

Voltou a definir o caloroso contributo das bancadas como elemento crucial ao desenrolar do espetáculo, ainda que nem sempre lhe tenha sido benéfico — sobretudo na reta final: “Cada vez que tinha pontos de break pensava: ‘Consigo ganhar este encontro’. Consegui ganhar alguns pontos surpreendentes e ambos fomos animando o público com jogadas incríveis. Quando as ganhei, pensei: ‘Vamos, preciso de fechar o encontro’ e felizmente consegui-o. O público hoje esteve maravilhoso, senti uma energia muito especial. Por alguma razão, no último jogo do encontro vários adeptos espanhóis começaram a gritar durante o primeiro e o segundo serviço, e isso não foi agradável mas nada se pode fazer.”

Tem marcado para este domingo um derradeiro compromisso do percurso com Novak Djokovic, e dois anos depois de o ter ‘congelado’ por 6-4, 6-4 e 6-4 para erguer o título, está ciente de que desta feita a situação poderá ser mais trabalhosa: “A única forma que posso usar a final de 2021 a meu favor é pensar que Novak, quando perde, nunca volta a ser o mesmo, ele tem uma mentalidade diferente. Mas ele tem 23 Grand Slams, Masters 1000, centenas de semanas enquanto número um. Por isso tenho de saber que ele desta vez será 10 vezes melhor do que foi nesse dia. Se eu quiser vencer, terei de ser também 10 vezes melhor do que fui naquele dia.”

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