Novak Djokovic desforra-se dois anos depois e vence o US Open pela quarta vez

De volta aos Estados Unidos da América pela primeira vez em dois anos, Novak Djokovic conseguiu a desforra de Daniil Medvedev e regressou aos títulos no US Open. Se em 2021 falhou por pouco o tão desejado Grand Slam (a conquista dos quatro “Majors” numa só época), em 2023 tornou-se no recordista da Era Open entre homens e mulheres.

6-3, 7-6(5) e 6-3 foram os parciais que lhe deram mais um capítulo da história.

Nascido em Belgrado há 36 anos, Djokovic ergueu o 24.º título de singulares da carreira em torneios do Grand Slam, o que lhe permitiu ultrapassar Serena Williams para assumir de forma isolada o recorde da Era Open e igualar Margaret Court no topo da lista relativa a toda a história do ténis, isto é, desde a Era Amadora à Era Open.

A disputar a quarta final de um “Major” num só ano pela terceira vez na carreira, o número dois mundial deu sinais de fatiga e chegou mesmo a deixar-se cair no court, mas acabou por fazer o que inevitavelmente sempre parece conseguir fazer: encontrou uma solução.

Na reedição da final que mais lhe custou perder em toda a carreira, pois tirou-lhe a possibilidade de se tornar no primeiro homem desde Rod Laver nos anos 60 a vencer os quatro torneios do Grand Slam no mesmo ano, o sérvio teve como momento chave a vitória num segundo set que se prolongou por 104 minutos (!) e que Medvedev teria fechado antes do tie-break se optasse por uma esquerda paralela, para o espaço vazio, em vez de jogar cruzado para onde estava Djokovic.

Fundamental para o desfecho deste domingo foi a extraordinária precisão à rede por parte de Djokovic, que venceu 37 dos 44 pontos disputados nessa zona do court, mas também o serviço aberto do lado das vantagens que tantas dificuldades continua a criar a Medvedev, desta vez incapaz de avançar no court para responder mais em cima da linha, como fez a caminho da vitória contra Carlos Alcaraz nas meias-finais.

Apesar de ter sido novamente agressivo desde o fundo do court, o russo não conseguiu causar o impacto necessário para disromper o adversário e uma vez desperdiçada a oportunidade de vencer o segundo set não voltou a ser o mesmo, pois cedeu por duas vezes o serviço na fase inicial do terceiro parcial.

Aos 36 anos, a história foi muita para Novak Djokovic: o sérvio, que já tinha assegurado o regresso ao topo do ranking logo no dia em que venceu o encontro da primeira ronda, tornou-se no mais velho campeão do torneio em toda a Era Open, estabeleceu um novo recorde de títulos do Grand Slam (24) na Era Open, feito rapidamente assinalado pela marca que o veste, e igualou o recorde absoluto de títulos do Grand Slam até aqui detido em exclusividade por Margaret Court, com a particularidade dos da australiana se dividirem entre a Era Amadora (13) e a Era Open (11).

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