Francisca Jorge “contente com a prestação” num jogo “que era para ganhar”

Sara Falcão/FPT

LISBOA — Francisca Jorge (269.º) foi a protagonista da jornada na variante feminina do Del Monte Lisboa Belém Open e assegurou representação portuguesa, pelo menos, até às meias-finais. A número um nacional foi pela terceira vez em três encontros forçada da trabalhos extra após sofrer um deslize, mas virou a bússola para o próximo patamar após destruir o sonho da qualifier checa Aneta Kucmova (456.º), por 3-6, 6-1 e 6-1.

Antes de traçar dois parciais de sentido único, a vimaranense de 23 anos chegou a dominar o primeiro por 3-0, mas um ‘apagão’ comprometeu as contas: “Acho que foi um bocadinho estranho aquele primeiro set, comecei bastante bem e depois ela acabou por entrar no jogo e tudo equilibrou-se. Senti um bocadinho falta de lucidez e desliguei um pouco o motor, depois quando ela fecha o primeiro set fui à casa de banho limpar a cabeça. Voltei, joguei bem e acho que mereci ganhar.”

Mas nem o tropeção que teve de transpor fez tremer as pretensões de Jorge, que desde o arranque acreditou que a vitória lhe estava destinada: “Hoje senti que era um jogo para ganhar, fui à procura de fazer as coisas bem e tudo correu a meu favor. Acho que joguei bem, dos três jogos foi o que joguei melhor ténis. Estou contente com a prestação de hoje.”

Com nove sets somados nas pernas ao longo dos últimos dias (e ainda outros dois nos pares), Francisca Jorge expressou que os maiores desafios não se têm centrado na sua condição física: “Estou bem fisicamente, hoje senti um cansaço mais emocional do que físico. Estive demasiado frágil quando as coisas começaram a apertar, mas depois mudei o chip e consegui contrariar o que ela estava a fazer bem.”

O acesso a uma possível terceira final da temporada nos singulares já só está a uma batalha de distância, mas para isso a portuguesa terá de transcender a segunda cabeça de série desta semana — a ucraniana Katarina Zavatska (194.ª): “Lembro-me dela desde os juniores mas acho que nunca joguei contra ela. Já a vi em vários torneios e sei que vai ser um jogo duro. Ela é agressiva e gosta de tirar tempo, joga ali em cima da linha. Vou tentar contrariar isso para ir à procura de mais uma vitória. Ela é que é a cabeça de série, mas passa por acreditar que a consigo derrubar. A pressão vai estar do lado dela.”

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