Zavatska elogia Jorge e pressagia-lhe futuro risonho: “Poderá certamente entrar no top 100 com este estilo de jogo”

Sara Falcão/FPT

LISBOA — Katarina Zavatska (194.ª) fez este sábado cair por terra a esperança de presença portuguesa na final feminina do Del Monte Lisboa Belém Open ao sair por cima de uma batalha discutida taco a taco com Francisca Jorge (269.ª). A ucraniana, que é a segunda cabeça de série da prova de 40.000 dólares, seguiu para a final com os 6-4, 3-6 e 7-6(5) para o seu lado e admitiu que não pensa em mais nada que não fazer o seu melhor papel na final marcada para as 10h30 deste domingo.

Algo desgastada fisicamente depois de ter passado 2h41 em court — foi o seu teste mais exigente até ao momento —, Zavatska enfatizou em conferência de imprensa as dificuldades enfrentadas para silenciar as investidas de Jorge, que esteve a dois pontos do triunfo: “Estou muito cansada, mas acho que fiz tudo bem num encontro de intensidade muito elevada. As duas jogámos muito bem e estou muito feliz por ter conseguido empurrar para o meu lado. Tentei jogar sempre o meu jogo e seguir em frente, isso fez a diferença para conseguir a vitória.”

De olhos direcionados ao último compromisso da semana, marcado com a búlgara Gergana Topalova (252.ª) — que teve de salvar sete match points para passar das meias-finais — , a jogadora de leste reparte as probabilidades entre ambas: “Ambas deveremos estar ao mesmo nível fisicamente, acho que tudo dependerá de como conseguiremos manejar a situação a nível mental. Gosto de Portugal, sinto-me bem aqui porque a atmosfera é boa e as pessoas são simpáticas, ainda que hoje não tenha tido esse apoio por parte do público.”

Esclareceu, também, que não se sente pressionada por tentar defender o protagonismo de segunda favorita inicial à conquista e de ser a jogadora mais credenciada: “Não tenho nenhuma pressão, não me considero favorita. Só tenho de ir com tudo o que tenho, quero produzir o meu melhor nível e espero que isso seja suficiente para derrotá-la amanhã.”

E admitiu, ainda, que foi apanhada de surpresa com a forte adesão do público português, que compôs as bancadas para apoiar Francisca Jorge do início ao fim: “Sabia que talvez 80% estivesse do lado dela, mas nunca pensei que estivesse sozinha com o meu treinador. Mas claro que entendo isso, se jogar no US Open com uma norte-americana será o mesmo. Tenho de aceitar, claro que fiquei nervosa mas geri isso muito bem durante o encontro.”

Sem dúvidas do potencial da vimaranense, Zavatska aponta-lhe uma merecida entrada na elite do ténis mundial: “Acho que ela poderá certamente entrar no top 100 com este estilo de jogo, sabe jogar rápido, devagar, varia muito e tem um bom serviço. Estivemos as duas ao mesmo nível, só fomos subindo ao longo do encontro.”

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