Francisca Jorge continua a fazer história e sagra-se heptacampeã nacional

OEIRASFrancisca Jorge, de 23 anos, voltou a levar a melhor no duelo de irmãs com Matilde Jorge, de 19 anos, e sagrou-se campeã nacional absoluta pelo sétimo ano consecutivo, um feito que fez dela a sétima portuguesa — entre homens e mulheres — a conquistar tantos títulos, mas apenas na terceira a fazê-lo em anos seguidos.

A final deste sábado, jogada na nave de campos cobertos de piso rápido do Complexo de Ténis do Jamor, em Oeiras, foi a quarta dos últimos cinco anos a colocar frente a frente as duas irmãs naturais de Guimarães. E tornou-se rapidamente na mais equilibrada, mas nem a alteração recente da tendência no frente a frente entre ambas alterou o desfecho, consumado com os parciais de 7-5 e 6-0.

Motivada pelas duas vitórias em outros tantos encontros internacionais nos últimos 12 meses, Matilde Jorge entrou na final mais motivada do que nunca para conquistar o troféu que lhe escapara nas três ocasiões anteriores, sempre às custas da irmã mais velha. Foi ela a ameaçar o primeiro break, logo no jogo inaugural, mas a primeira quebra de serviço só foi assinada por Francisca Jorge no jogo seguinte.

Com ténis agressivo de parte a parte, a maior variação de Matilde opôs-se à maior consistência de Francisca, permitiu-lhe recuperar rapidamente o break de atraso e as duas discutiram os primeiros seis jogos nas vantagens. Até que, a servir para se manter no set e forçar um tie-break, a mais nova sentiu o momento sofreu uma quebra de serviço decisiva para o parcial e… a final.

A vitória numa primeira partida equilibrada, com mais de uma hora de duração, catapultou Francisca Jorge para um segundo parcial autoritário, em que a tenista de 23 anos capitalizou os erros e a quebra anímica da irmã para avançar de forma folgada para a 27.ª vitória consecutiva na prova e o histórico sétimo título.

Aos 23 anos, Francisca Jorge tornou-se na quinta mulher a conquistar pelo menos sete títulos de campeã nacional absoluta em singulares, distanciando-se de Maria João Koehler e igualando Peggy Brixhe (1945, 1946, 1947, 1955, 1961, 1965 e 1966) no quarto lugar. À sua frente, a tenista vimaranense passou a ter apenas Angélica Plantier (oito títulos), Sofia Prazeres (nove) e Leonor Peralta (a recordista, com 13).

Apenas dois homens alcançaram os mesmos sete títulos (Alfredo Vaz Pinto foi campeão precisamente em sete ocasiões, José Roquette fê-lo em 14 edições) e entre todos eles apenas três o conseguiram em sete anos consecutivos: Leonor Peralta venceu 10 edições seguidas entre 1967 e 1976, Sofia Prazeres nove entre 1990 e 1998 e, agora, Francisca Jorge, que iniciou este legado em 2017.

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Total
0
Share