OEIRAS – O décimo capítulo da rivalidade dos melhores amigos Henrique Rocha e Jaime Faria teve o mesmo vencedor pela quinta vez consecutiva, quarta vez na presente temporada e nos embates profissionais. O mais velho dos dois sente que o atual número cinco nacional está a encontrar mais e melhores armas nos duelos entre ambos, mas admite também que mentalmente entra mais preparado.
“Ele lida melhor do que eu, é uma pessoa diferente. Eu sou uma pessoa um pouco mais emocional. Ele foca-se muito, está mais confiante, eu tive um ano não tão bem conseguido e isso sente-se em jogos mais emocionais, às vezes nos momentos falhas aqui e ali quando precisas daquela arma”, frisou o lisboeta no rescaldo da primeira final na prova rainha do ténis português.
Sobre o último encontro do torneio, o atual 426.º ATP reconheceu que “o Henrique foi melhor e há que dar-lhe os parabéns”, elogiando a gestão feita pelo tenista de 19 anos. “Eu falhei um bom bocado, mas ele também me obrigou a isso. Sempre que jogo contra ele falho um pouco mais e não é por acaso, é porque ele tem qualidade. Ser finalista não era o objetivo, mas estou contente com a prova que fiz”.
“Tento sempre assumir os encontros seja contra quem for. O Henrique tem um jogo que se vai moldando um pouco aos adversários e contra mim funciona bem para ele jogar no contra-ataque. Quando não tenho qualidade na bola de ida para a frente ele consegue, de modo geral, ganhar o ponto porque chega muito rápido à bola. Tentei ter uma posição diferente, agressiva já como fiz em Tavira, e são coisas que tenho de melhorar, essas bolas de aproximação e a direita. Se quero chegar ao nível do Henrique e mais acima tenho que trabalhar isso”, sublinhou.
Até final da temporada, Jaime Faria tem três provas no calendário, nas três semanas que se seguem (Vale do Lobo duas semanas consecutivas e o Challenger da Maia na derradeira). O maior foco passa por terminar 2023 no top 400 e, quem sabe, no top 200 na variante de pares (é 214.º).
