Henrique Rocha soma e segue rumo às meias-finais do Vale do Lobo Open II

Beatriz Ruivo/FPT

VALE DO LOBO – Terceiro cabeça de série do Vale do Lobo Open II, Henrique Rocha (277.º ATP) soma e segue e já está nas meias-finais. A terceira vitória da segunda semana deu-se às custas do alemão Leopold Zima (1077.º) por 6-2 e 7-5.

O português de 19 anos repetiu o sucesso de Tavira frente ao germânico, mas neste caso precisou de suar muito no segundo parcial. Depois de uma entrada triunfante e resolvida num ápice, Henrique Rocha viu-se a perder por 3-1 e viu Zima ser bastante agressivo e com um serviço potente e afinado.

O contra-break veio de imediato e a intensidade perdida foi recuperada na reta final: a 5-5, o número quatro nacional disputou os dois melhores jogos do duelo. O primeiro para fazer o break, culminado com um passing shot de direita na passada; a servir para mais uma vitória, nem sequer perdeu um ponto e encerrou o compromisso em 85 minutos.

“A 5-5 sabia que tinha de meter os cavalos todos e sabia que ele ia acabar por quebrar”, explicou em flash interview.

O portuense segue imparável e os números vão-se avolumando. A contar com o título nacional absoluto, Henrique Rocha tem agora 12 triunfos consecutivos e 21 nos últimos 22 desafios (17 em 18 no circuito profissional desde Tavira no início de outubro).

Em Vale do Lobo, Rocha ainda nem perdeu sets em singulares nas oito vitórias seguidas – 12 se contarmos com a prova de pares arrecadada no passado sábado, aí com um parcial cedido.

“Foi o encontro mais difícil da semana, principalmente o segundo set. Sabia do que ele era capaz, que tem boas pancadas e pode jogar bom ténis. Tive sempre um pés atrás, sabia que mesmo ganhando o primeiro set podia acontecer um segundo mais equilibrado como foi o caso. Tive de me manter sempre muito bem nos momentos mais importantes e foi isso que fez a diferença. Houve alguns jogos que ele até foi superior a mim, mas fui-me aguentando”.

O próximo embate é uma repetição exata das meias-finais da primeira competição frente a Khumoyun Sultanov, número um do Uzbequistão. Sultanov (436.º), sexto pré-designado, prevaleceu esta sexta-feira frente ao checo Hynek Barton (534.º), finalista no passado domingo neste mesmo local, por 7-6(6) e 6-2, recuperando de várias desvantagens no set inaugural e salvando um set point no tie-break.

Há uma semana, o português saiu por cima com os parciais de 6-4 e 7-5 frente ao mais velho (25 anos) e apelidou esse sucesso como “o pior jogo da semana”. “Aqui tenho de começar muito bem logo de início”.

“Como se diz no ténis, nunca há dois jogos iguais. É sempre difícil jogar duas vezes seguidas contra o mesmo adversário, se bem que se fossem dois consecutivos era mais complicado. Espero um desfecho parecido ao da semana passada e sei o que tenho de fazer. Ele é um jogador bastante agressivo, tem boa esquerda, responde bem e é um encontro no qual tenho de estar a 100% se quero ganhar. A semana passada foi bastante duro, sobretudo o segundo set, e, portanto, tenho mesmo de estar a 100% se quero saltar para cima dele”.

Para Rocha, esta será a 12.ª meia-final do ano (7-4 de saldo) e 13.ª da carreira (7-5) e o foco continua no sétimo troféu; Sultanov vai disputar a penúltima fase de uma prova pela sétima ocasião em 2023 (3-3), ainda à procura do primeiro título da temporada – tem três no palmarés.

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