Aliviado com vitória sofrida, Pedro Aráujo está de olhos postos na desforra de Jaime Faria

Sebastião Guimarães/FPT

MAIA – O embate entre campeões nacionais de sub 18 de acesso ao quadro principal do Maia Open estava a correr de feição a Pedro Araújo, o mais velho, mas um volte-face gigante quase mudou o guião por completo e fazia Rodrigo Fernandes prevalecer. Foi Araújo a sorrir em 3h28, mas o sorriso no final era mais de alívio do que de alegria devido ao sofrimento desnecessário.

O atual 916.º ATP acabou por justificar as maiores credenciais e passou pela sala de conferências de imprensa do Complexo Municipal de Ténis da Maia para falar sobre o duelo e antever o que se segue.

“Foi bom ter ganho, tive bastante perto de perder depois de ter tido o encontro na mão a 6-3, 5-3, 40-0. Acabei por perder o segundo set, ele subiu bastante o nível, mas apenas depois de o deixar voltar ao encontro. Devia ter acabado ali. Não estive bem nesse momento, ele conseguiu agarrar-se a esse jogo de serviço e depois jogou bastante bem até ao final do set. No terceiro parcial fez diferença um bocadinho de experiência da minha parte. Na parte mental consegui ser um pouco melhor do que ele e fisicamente senti que também”.

Apesar de ter sofrido “mais do que o necessário” e de ter evidenciado frustração pelo ter “falhado” aquando da conclusão do encontro no segundo parcial, Araújo reconheceu as qualidades mostradas por Rodrigo Fernandes.

A vitória desta segunda-feira marcou a estreia do tenista de 21 anos a superar uma fase prévia de uma prova Challenger e garantiu um bilhete para o 12.º quadro principal da categoria. “Já tinha perdido várias vezes na última ronda e estive a um ponto de o repetir hoje. Mas acho que é um prémio merecido pelo que passei este ano dentro do campo. Espero acabar o ano numa melhor nota para ter um 2024 bastante melhor”.

E o desfecho diferente em relação ao seu ídolo Novak Djokovic – que no sábado, face a Jannik Sinner, deixou escapar três match points nas meias-finais da Taça Davis – fá-lo marcar encontro com Jaime Faria, amigo e rival e com quem cedeu em 2023 duas vezes, sempre com parciais confortáveis em favor do mais novo (20 anos).

Joguei dois maus jogos contra ele, não me senti confortável em nenhum deles. Espero primeiro que tudo equilibrar mais, algo que não consegui fazer, e jogar melhor, sentir-me melhor em campo. Espero que jogar em terra jogue a meu favor, dá-me um pouco mais de tempo para responder ao serviço. Vou ter que responder melhor do que nesses dois encontros se quero ter hipótese de ganhar. Sei que tenho capacidade para isso porque respondo bem ao serviço e não há razão para que não faça melhor”.

O terceiro capítulo da rivalidade profisional entre Araújo e Faria terá lugar esta terça-feira nunca antes das 13 horas no court 4. Em jogo um lugar nos oitavos de final do último Challenger do ano em solo português.

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