Com os EUA como opção, Fernandes celebrou “melhor vitória” da carreira no Maia Open

Sebastião Guimarães/FPT

MAIA – O dia dia inaugural da sexta edição do Maia Open foi inesquecível para Rodrigo Fernandes. Ainda verde no circuito profissional e apenas a participar no ATP Challenger Tour pela segunda vez, o jovem de 17 anos derrotou o antigo top 20 mundial Nikoloz Basilashvili no qualifying do Maia Open, um daqueles duelos que podem perdurar na memória futura como um dos mais especiais da carreira.

Mesmo com febre na noite anterior e visivelmente constipado, Rodrigo Fernandes resistiu a quase duas horas e meia de encontro e a um emocionalmente tie-break decisivo perante um court 4 do Complexo Municipal de Ténis da Maia repleto. “Foi bom ter o público a torcer por mim”.

“Em termos de ranking não é a melhor vitória da minha carreira, mas em termos de nome do adversário é de longe a melhor, de nível de ténis também (…) e o facto de ser a primeira no circuito Challenger também a torna mais especial”, apontou no final em conferência de imprensa.

As chaves do triunfo passaram pela solidez e por “cometer poucos erros” perante um tenista ultra-agressivo. No entanto, a 5-4 do tie-break, Fernandes arrecadou os derradeiros três pontos, os dois últimos com dois winners de esquerda. “Elevei o nível e estou muito feliz”.

“Não estava focado no ranking que ele tinha tido, estava só focado em tentar ser duro, pensar em cada ponto e isso deu resultado”, enalteceu.

Segue-se um embate de campeões nacionais de sub 18 frente a Pedro Aráujo, que arrecadou a prova em 2020 (Fernandes é o campeão em título), e o vencedor será o sétimo português a ingressar no quadro principal do oitavo e último Challenger da temporada em solo nacional.

“Ele é um jogador bastante duro e já demonstrou várias vezes que tem um bom nível, tem uma boa esquerda e nunca desiste. Vou tentar ser o mais duro possível e impor o meu jogo”. A responsabildiade está do lado de Araújo porque tem “mais experiência”, mas o bracarense afirma “ter nível para fazer um bom jogo”.

Na conversa com os jornalistas, Rodrigo Fernandes levantou um pouco o véu relativamente ao futuro, que pode passar pelo college norte-americano. As certezas ainda não são muitas e ainda tem “tempo para continuar a jogar no circuito e elevar o nível de ténis” para tomar uma decisão definitiva até ao verão de 2024.

“Vamos ver como isto corre, tenho o futuro em aberto. Tenho sempre bastante opções. Se for para lá não vou interromper este percurso porque vou continuar a treinar e focado no ténis”, garantiu. Em Portugal é “quase impossível” conciliar os estudos com a competição, pelo que a ida para os Estados Unidos da América é um caminho do agrado do teenager português.

“O nível lá é sempre bom. Há muitos jogadores com bom ranking ATP que vieram da universidade e quero ver como as coisas surgem”.

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