Martineau separa Borges da final na Maia, onde procura terreno desconhecido

Sebastião Guimarães/FPT

MAIA — Tem 24 anos, está na melhor fase e é o obstáculo que separa Nuno Borges da segunda final no Maia Open que a estrela da casa ainda procura vencer pela primeira vez. Matteo Martineau chegou a Portugal sem expetativas e de repente está a um passo de discutir o maior título de uma carreira inspirada em Richard Gasquet e Roger Federer.

“Estou muito feliz por estar nas meias-finais. Não estava à espera disto porque estamos no final da temporada, mas falei com o meu treinador e disse-lhe ‘ok, jogo mais uma semana’ depois de ter entrado à última hora”, contou na conferência de imprensa desta sexta-feira, dia em que venceu o qualifier Anton Matusevich.

Pronto para ir explorar a cidade do Porto com o amigo Benoit Paire, que na manhã desta jornada também avançou para as meias-finais, este jovem nascido na região de Angers já passou várias vezes por Portugal, mas à exceção de umas meias-finais ITF em Oliveira de Azeméis, há quatro anos, nunca tinha sido feliz no país.

Agora, procura repetir os sucessos recentes dos compatriotas Geoffrey Blancaneaux e Luca van Assche, campeões deste mesmo Maia Open em 2021 e 2022, naquela que será a terceira meia-final da carreira no circuito Challenger e primeira enquanto jogador com entrada direta, pois nas anteriores precisou de passar pelo qualifying. “Desta vez são apenas três encontros e sinto-me mais confortável e a jogar melhor”, acrescentou o atual 293.º classificado no ranking, muito perto do 278.º que em outubro lhe valeu a melhor classificação de carreira.

Como francês, está habituado a ter o público do seu lado e a viver ambientes entusiásticos, experiência que acredita ser “importante” para medir forças com Nuno Borges no sábado.

“Jogámos uma vez num torneio ITF, por isso sei algumas coisas sobre ele. Está no top 100 e a jogar muito bem”, comentou parcamente quando questionado sobre o próximo desafio.

Inspirado pelo compatriota Richard Gasquet e pelo ídolo Roger Federer a executar a esquerda a uma mão, uma vez que a pancada a duas mãos “era má”, conseguiu alcançar o primeiro objetivo de tornar-se tenista profissional e agora persegue os dois próximos: disputar qualifyings de torneios do Grand Slam e entrar no top 100 mundial.

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