Gastão Elias chamou o amigo Pedro Sousa “para dar uma ajuda” rumo à final do Indoor Oeiras Open

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRAS — Uma mensagem em cima da hora levou Pedro Sousa até ao banco do amigo Gastão Elias, que no início de tarde deste sábado inscreveu o nome na final do Indoor Oeiras Open. O “ótimo começo” de 2024 é inesperado, mas agora que o tem na mão não quer deixar fugir mais um título no palco onde atua com uma aura sem igual.

“Não me posso queixar, está a ser muito melhor do que eu esperava. Mas tenho trabalhado para isso”, admitiu logo no início da conferência de imprensa focada na 19.ª vitória consecutiva no Complexo de Ténis do Jamor, quarta na nave de campos cobertos.

Depois de insistir na ideia de que os resultados nunca o preocuparam porque “mais cedo ou mais tarde iam aparecer” se estivesse “bem fisicamente e aproveitasse as oportunidades”, Gastão Elias enalteceu o primeiro set “muito bem conseguido” contra Egor Gerasimov (o segundo ex-top 100 que bateu esta semana).

Porque “a partir dali eu só podia baixar e ele só podia subir”, o jogador da Lourinhã não ficou surpreendido com a retaliação do bielorrusso e optou por focar-se em estar “o mais pronto possível” para quando a oportunidade surgisse na derradeira partida. Foi isso que fez e assim conseguiu sobreviver, pelo segundo dia consecutivo, a um encontro em três sets.

A experiência que adquiriu ao longo dos já vários anos a competir ao mais alto nível (afinal, é ele o recordista luso de finais e títulos no circuito secundário — ganhou 10 das 22 anteriores) faz com que Gastão Elias saiba desenvencilhar-se sozinho de situações como a desta sábado, mas se à mão está uma voz amiga também sabe que é de aproveitar e foi isso que fez: “Enviei-lhe mensagem para aí às 10h40 a perguntar se tinha alguma coisa para fazer às 11h e ele respondeu-me ‘eu não e tu?’ Ficou de ver com o Rui Machado e apareceu no início do primeiro set.”

“É uma pessoa que me conhece e que basta olhar para mim para saber como é que eu me estou a sentir, se confiante ou desconfortável. E ainda para mais como hoje em dia já podemos falar com o treinador foi giro ter ali um momento ou outro em que podíamos discutir certas coisas. É uma pessoa que tem muitos anos disto e que sabe muito de ténis e fico feliz por ser um grande amigo meu e estar ali a ajudar-me”, concluiu.

E agora… que venha a final. A 23.ª da carreira de Gastão Elias será a segunda de Maks Kasnikowski, polaco de 20 anos que procura o primeiro título a este nível embalado por dois triunfos contra portugueses nas rondas anteriores (João Domingues na segunda ronda, João Sousa nos quartos de final).

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