“Positivamente surpreendido” com nível de jogo, Sousa agora quer desforra de um grande servidor

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRAS — Um dia depois da prestação fisicamente mais sofrível na quinzena de Indoor Oeiras Open, João Sousa precisou apenas de 67 minutos para superar Lorenzo Giustino e garantir nova vaga nos quartos de final. E ao bom nível de jogo, em especial no golpe de saída, o vimaranense de 34 anos acrescentou ter-se sentido melhor em court, tão melhor que ficou agradavelmente admirado.

“Surpreendeu-me o facto de estar tão bem a nível físico perante a situação que tive ontem”. E a situação não está relacionada com as costas que tanto o têm incomodado, mas sim com dor de cabeça e de ouvidos. Até porque as costas “doem todos os dias”.

“Neste caso refiro-me à constipação. Ainda não estou bem, como se nota ainda [na voz], e ainda estou a medicamentos, mas estou muito melhor e se a isso puder juntar que consigo jogar a um bom nível, perfeito. Foi o que aconteceu hoje”, acrescentou na conferência de imprensa.

Sobre o ténis que apresentou para bater este italiano que conhecia dos treinos, João Sousa salientou o golpe de saída: “Hoje o capítulo do serviço esteve muito bom e isso obviamente deu-me confiança do fundo do court. Sabia que ele é um jogador que bate bastante forte e que gosta de dominar os pontos, mas consegui contrariar isso muito bem. Lá está, com bons serviços. E a partir do momento em que fiz o break no segundo set ele baixou um bocadinho os braços e eu soube gerir bem o encontro mentalmente. Nem sempre é fácil fechar, mas a verdade é que hoje consegui fazê-lo muito bem.”

Quem também serviu muito bem esta quarta-feira foi Martin Damm (255.º), canhoto norte-americano de 2,03 metros que apontou 23 ases a caminho da vitória por 6-2, 3-6 e 7-5 sobre o britânicoPaul Jubb (648.º). E é precisamente dele que o melhor tenista português de sempre quer a desforra.

“Jogámos no ano passado, também em piso rápido indoor. É um jogador muito perigoso neste tipo de superfície, porque serve muito bem, mas se jogar a um bom nível vou ter oportunidades”, afirmou ao recordar a derrota de outubro, num Challenger em Praga.

“Ser consciente e aceitar que vou levar ases é um bom começo”, respondeu quando questionado acerca da forma como prepara um encontro frente a servidores como este. “Às vezes são bons servidores, mas estamos à espera de chegar a todas as bolas e devolver os serviços e nem sempre isso acontece. Por isso estar à espera que isso aconteça já é um bom nível. E depois é muito importante o sentido de oportunidade, porque há sempre uma. Vou ter de estar bastante focado mentalmente e no fim fazemos contas.”

Se conseguir sorrir, João Sousa chegará a umas meias-finais pela primeira vez desde agosto, em Praga, na semana a seguir a ter concluído o Porto Open — o primeiro torneio depois de uma pausa de dois meses — como finalista.

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