Portugal não baixa a cabeça: “Faltava esta vitória para nos dar alguma alegria e energia positiva”

Beatriz Ruivo/Federação Portuguesa de Ténis

OEIRAS — A seleção nacional feminina perdeu por 2-1 com a Turquia e já sabe que vai terminar a primeira fase de grupos na última posição, mas ainda continua na luta pela manutenção no Grupo I da Zona Europa-África da Billie Jean King Cup e a vitória celebrada na reta final desta terça-feira levantou os ânimos para o que falta jogar no Complexo de Ténis do Jamor.

“Foi mais um dia bastante intenso e cansativo para nós que foi resolvido em três sets. Terminámos com uma vitória que foi reflexo do desenrolar da jornada, pois esteve quase a cair para o nosso lado e acabou por fugir outra vez por detalhes e aspetos que temos de corrigir para continuarmos na luta [pela manutenção]”, afirmou Neuza Silva.

A capitã portuguesa repetiu as nomeações da véspera — Angelina Voloshchuk e Francisca Jorge nos singulares, Matilde Jorge e Maria Garcia no par — e voltou a assistir a três embates decididos em três partidas, com a diferença a estar no desfecho do último encontro, ganho por 6-4, 3-6 e 10-7 contra Ayla Aksu e Berfu Cengiz.

Apesar de não ter tido influência nem no frente-a-frente com a Turquia, nem nas contas do grupo, a líder da equipa portuguesa explicou que “faltava esta vitória para nos dar alguma alegria e alguma energia positiva” para os desafios que faltam.

O primeiro será já na quarta-feira, frente aos Países Baixos, mas nada mudará, uma vez que independentemente do resultado Portugal terá de jogar uma segunda fase de grupos, na quinta-feira e no sábado, que reúne as três piores classificadas e da qual resultam duas despromoções, com apenas um conjunto a assegurar a manutenção.

Com “plena confiança” na equipa, uma das mais jovens em ação durante a semana no Jamor, a capitã olhou para o que falta jogar com o otimismo de quem “continua na luta” e o discurso refletiu-se também nas jogadoras.

Maria Garcia celebrou pela primeira vez com as cores de Portugal ao peito e foi de sorriso rasgado que reagiu a esse triunfo: “Estou muito contente, acho que jogámos bem. Ontem já o tínhamos feito, mas hoje ainda conseguimos jogar melhor e acabar este dia com uma vitória para ajudar a equipa é muito bom.”

Já Matilde Jorge, contou que “foi uma alegria conseguirmos finalmente celebrar uma vitória porque perdemos os encontros anteriores por pormenores.”

Em relação às protagonistas dos encontros de singulares, Angelina Voloshchuk lamentou “a falta de força para conseguir fechar” a reviravolta depois de ter começado “a lutar mais e a jogar de forma semelhante à do primeiro setfrente a Berfu Cengiz, que forçou a um tie-break do terceiro set depois de estar a perder por 0-4 e 15-40 no parcial decisivo.

Francisca Jorge, que há um ano foi a maior obreira da semana dourada da seleção portuguesa, voltou a ceder em três partidas e ainda não conseguiu celebrar nesta edição. A número um nacional chegou, inclusive, a receber tratamento médico à perna direita antes do arranque do terceiro set, mas na análise à jornada desvalorizou a situação: “Não é uma lesão. Senti a perna a prender um bocadinho devido ao esforço de ontem, porque joguei um encontro bastante duro e isso acabou por refletir-se no meu físico. Mas estou bem e sinto-me bem, simplesmente estava um bocadinho mais cansada e deixei que isso me afetasse de forma negativa. Mesmo com a equipa a puxar por mim não consegui agarrar-me às coisas mais positivas.”

O encontro entre Portugal e os Países Baixos começa às 11h de quarta-feira e repete a lógica dos anteriores: um singular seguido do outro e depois o duelo de pares. As nomeações podem ser feitas pelos capitães de equipa até às 10h.

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