“Preciso delas, elas precisam de mim e isso vive-se aqui”. Neuza Silva “orgulhosa” da equipa portuguesa

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRAS – Depois de vários dias sem vitórias por detalhes, a equipa portuguesa da Billie Jean King Cup quebrou finalmente a malapata e somou o primeiro triunfo na presente edição do Grupo I da zona Europa-África realizada no Jamor ao bater a Noruega por 2-1. A manutenção, objetivo assumido desde o primeiro dia, mantém-se ao virar da esquina, que é como quem diz sábado logo depois de um dia de descanso na jornada que se segue.

“Estávamos à procura desta vitória já há vários dias e é sempre bom acabar um dia com um espírito tão positivo e tão alegre. Foi um dia cansativo. Eu não joguei, mas estou igualmente cansada por tentar sempre transmitir a minha energia e a minha garra. Muitas vezes parece que sou eu que estou a jogar, quero tanto que elas estejam bem e que estejam positivas. Isso também vem muito da nossa entrega e estou orgulhosa do espírito de toda a equipa dentro e fora do campo”, começou por analisar a capitão Neuza Silva.

O dia começou com mais uma boa exibição da petiz Angelina Voloshchuk. A jovem de 16 anos voltou a fazer as delícias dos presentes, mas os match points criados no tie-break segundo parcial (e o 5-2 de vantagem no set) não foram concretizados e surgiu a terceira derrota da semana após o primeiro set arrecadado. “Estava a jogar bem, mas depois acho que me desorganizei. Fiquei nervosa”.

Chamada a garantir as hipóteses nacionais na eliminatória vivas, Francisca jorge não desapontou. “A Kika teve o seu melhor dia, fez um excelente encontro”. A capitã, uma das protagonistas da equipa de 2010 que disputou este Grupo I também no Jamor, mas nos campos cobertos, foi peremptória. “Disse à Neuza que não sabia se estava preparada. A verdade é que sabia que tinha de ganhar, tinha essa pressão em cima de mim. Mas a Neuza passou-me força, disse-me que as coisas iam aparecer e foi por aí, pela luta. Acabei por jogar a um bom nível contra uma jogadora com um jogo um pouco diferente” – o sucesso frente a Ulrikke Eikeri fixou-se por 6-2 e 6-1.

O duplo sucesso veio depois, já ao lado da irmã, num encontro de pares que era um ‘mata-mata’ e que foi “um bocadinho tremido nos momentos importantes”, como apontou a mais velha, aludindo ao desperdício de 5-2 no segundo parcial. Mas, as vimaranenses “já nos habituaram a estas vitórias no par decisivo”, como já tinha referido Neuza Silva.

Há um ano foram três as eliminatórias sentenciadas no par pelas duas melhores portuguesas da atualidade. Uma experiência importante para esta quinta-feira, bem como, como lembra Matilde Jorge, “as várias finais juntas”. “Já não jogávamos há muito tempo, mas senti que isso não era uma questão. Estávamos as duas nervosas, mas procurámos fazer o nosso jogo e no final conseguimos”.

Segue-se um dia sem competição, um dia “positivo” para recuperar, “corrigir alguns pormenores” e analisar a Bulgária, uma equipa com “jogadoras agressivas e com bastante experiência”. O objetivo passa por ter a equipa “fresca para sábado”, uma eliminatória com sabor a final – independentemente do resultado alheio desta sexta-feira, a jovem equipa das quinas sabe que novo sucesso vai garantir a tão desejada manutenção.

“Isto é uma competição de equipa. Eu preciso delas, elas precisam de mim e isso vive-se aqui dentro”. E a equipa também precisa no primeiro dia do fim de semana do “apoio do público, seja no Court Central ou no Court 1”.

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