A nova vida de Frederico Silva só tem um defeito: “O trânsito de Lisboa era a única coisa que mudava”

Sara Falcão/Federação Portuguesa de Ténis

OEIRAS – Uma operação e uma equipa técnica depois, Frederico Silva está progressivamente a regressar aos courts. O Oeiras Open 125 foi somente o quarto torneio de 2024 para o português de 29 anos, derrotado esta segunda-feira na primeira ronda face a Vilius Gaubas da Lituânia. Nada que desmotive, até porque o caminho é conhecido e a precipitação não faz parte do percurso.

Uma entrada em falso no terceiro set praticamente hipotecou as hipóteses do atual número cinco nacional. Ainda assim, o duelo extramamente físico “era o que precisava numa fase destas, um encontro onde tivesse de bater centenas de bolas”. Um bom teste também para o ombro esquerdo, superado com distinção.

“Já há algumas semanas que estou a treinar bem, praticamente desde a semana antes do Estoril Open que tenho conseguido treinar sem limitações de ténis, físico e tudo mais. Só isso já é muito bom e agora temos tentado construir a forma aos poucos, sabendo que estas coisas às vezes demoram um bocadinho de tempo, mas também sabendo do caminho e não querendo precipitar muitas coisas. Acabou por ser um encontro melhor do que tenho feito”.

Neste momento, Frederico Silva sabe que a prioridade passa por “voltar ao nível, voltar às vitórias e aumentar a confiança mais do que o ranking ser uma preocupação. O que estamos mais preocupados é realmente voltar a melhorar”. O plural é usado como referência à vasta equipa do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, nova casa de Silva.

Já viajei com o Pedro [Sousa], para a semana vou viajar com o Pedro também, tenho treinado bastante com o Pedro, com o Hugo Anão, com o Rui Machado também, a Neuza também tem ajudado. Estes quatro treinadores estão muito próximos uns dos outros e todos eles estão muito por dentro do meu processo”, contou Silva, que assim sendo conta com o acompanhamento próximo de ex-colega de seleção e o capitão dessa mesma equipa nacional.

Este novo enquadramente técnico sucedeu ao de longa data, o de Pedro Felner e da academia onde estava sediado. “Há sempre ajustes, sempre coisas diferentes de abordagem. Isso é bom porque estamos todos aqui para melhorar. Não tenho dúvidas que o trabalho que temos feito vai dar resultado”.

No entanto, apesar de encantado e confiante quanto ao futuro, para o atual 377.º ATP, antigo 168.º, nem tudo é um mar de rosas nesta passagem da pacata cidade das Caldas da Rainha para a azáfama da capital. “O trânsito é realmente a única coisa que mudava. Gostava que a ida para casa fosse mais rápida, mas também não há grande stress com isso”.

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