OEIRAS – Muito aconteceu nestas duas últimas semanas na carreira de Maria Garcia. Um ano depois da primeira convocatória para a Billie Jean King Cup, a jovem de 17 anos não só repetiu a presença na equipa das quinas como disputou três encontros, um deles a nível individual em pleno Court Central do Complexo de Ténis do Jamor. Após alguns dias, Garcia fez a estreia a nível WTA e logo frente a um top 100, num duelo em que apresentou muito bons atributos.
“Estou triste, mas lembro-me das coisas positivas deste jogo. Tenho que estar contente pelo encontro que fiz, tive uma boa qualidade de bola, tomei boas decisões, estive melhor também mentalmente e acho que há muitas coisas positivas. Não dependi dela, consegui fazer o meu jogo. Faltou-me apenas aquela coisinha, mas espero conseguir melhorar com estes encontros e fazer melhor nos próximos”. A análise foi feita na conferência de imprensa posterior ao duelo, ainda antes do compromisso de pares, na qual explicou qual a intenção tática para o encontro – essencialmente variar altura de bola na direita e prevalecer nesses braços de ferro.
Com 100% de foco no profissionalismo, Maria Garcia – orientada por Eduardo Rodrigues e pelo antigo campeão nacional Fábio Coelho – não sentiu o peso da ocasião, como podia ser normal por se tratar do torneio mais importante da carreira e por estar a medir forças contra Harriet Dart, quinta cabeça de série do Oeiras Ladies Open e 88.º WTA. “Encarei como qualquer outro torneio. Claro que supostamente não estou neste nível, mas não teve impacto emocional em mim. Entrei tranquila e para ganhar”.
Para a bagagem emocional foi muito importante a semana anterior de Billie Jean King Cup. “É assim um ambiente meio parecido”, disse. “Jogar no Court Central pela seleção deu-me tranquilidade agora porque emocionalmente foi mais difícil. Ajudou-me muito, já sabia para o que estava preparada e consegui gerir bem isso”.
