Rafael Nadal: “Terminei o caminho em Madrid, mas ainda não terminei o caminho com uma raqueta na mão”

Rafael Nadal viveu uma noite especial na Caja Mágica, com uma derrota por 7-5 e 6-4 frente a Jiri Lehecka que se terá traduzido no último encontro profissional que realizou em solo espanhol. O maiorquino de 37 anos foi ainda alvo de uma homenagem que deixou o público de lágrimas no rosto e, na chegada à sala de imprensa, foi com um discurso de esperança que encarou os derradeiros capítulos que lhe restam no circuito.

“O público de Madrid nunca me falhou, o que me fez sentir ao longo de todos estes anos vai ficar na minha memória para sempre. Há três semanas, nem sabia se voltaria a jogar um encontro oficial, mas consegui despedir-me aqui em court e com um nível bastante decente. Significa muito ter podido jogar aqui, tanto a nível tenístico como a nível emocional”, expressou o por cinco vezes campeão no Masters 1000 de Madrid.

‘El Toro’, que já não somava três vitórias seguidas desde a edição de 2022 do US Open, não teve dúvidas em afirmar que o balanço da passagem pela capital espanhola não poderia ser mais positivo, em todos os sentidos: “Levo uma energia muito bonita, uma recordação inesquecível. Não sei se foi a última vez que joguei em Espanha ou se pode haver ainda alguma outra opção, mas é provável que não. Há uma Taça Davis pela frente, embora talvez a descarte, mas não a 100%. Se esta foi a última vez que joguei no meu país, foi um grande momento.”

É Roma que se segue no horizonte e para onde Nadal entrega todas as fichas. A página em Madrid fica para trás e o atleta de Manacor está ciente de que vai voltar a ter as emoções à flor da pele ainda por mais algumas ocasiões antes de pendurar por definitivo as raquetas: “Emocionei-me por dentro, ainda que tenha conseguido aguentar. Não queria fazer um mar de lágrimas. Terminei o caminho aqui em Madrid, mas ainda não terminei o meu caminho com uma raqueta na mão. Foi uma noite emocionante, mas ainda me resta caminho a percorrer. Dei passos em frente, sem dúvida, e espero consolidar esse avanço. Cheguei com dúvidas em todos os sentidos e saio com menos dúvidas. Foi uma semana muito positiva.”

“Tenho na bagagem quatro encontros em Madrid, resisti a várias horas de competição ao alto nível, e isso foi o mais importante. Saio mais contente do que quando cheguei. Se o meu corpo continuar a aguentar, não sei o que poderá acontecer, ainda que seja difícil imaginar grandes coisas neste momento. Estou a fazer tudo da forma mais prudente que consiga. Sobre Paris, depois de Roma o direi”, assegurou, deixando ainda pendente uma possível participação em Roland-Garros, onde é o histórico recordista com 14 títulos somados.

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