OEIRAS – A conclusão da dupla dose de Oeiras Open 125 dá-se este domingo de Páscoa no Complexo de Ténis do Jamor com o dobro das finais inicialmente previstas.
A chuva mexeu com toda a programação e abençoou o derradeiro dia da prova igualmente com as finais de pares e essas envolvem tenistas nacionais: as irmãs Francisca Jorge e Matilde Jorge vão à procura de repetir o maior título do ténis feminino português, alcançado há exatamente um ano no mesmo palco, e Francisco Cabral quer vencer o quarto título do palmarés no Court Central do Jamor e o primeiro troféu da carreira num ATP Challenger 125.
Um ano após o brilharete – o WTA 125 foi o primeiro da história do ténis feminino nacional em provas com chancela WTA -, as vimaranenses chegam como segundas cabeças de série (Francisca Jorge 99.ª da tabela mundial da variante, Matilde Jorge é 106.ª) e desta vez não vão ter pela frente um superestrela como Kristina Mladenovic (que jogou ao lado de uma também bem conhecida Harriet Dart). Isso não as torna automaticamente vencedoras, pois claro, mas desta vez são favoritas.
Francisco Cabral e o austríaco Lucas Miedler estão lado a lado apenas pela terceira vez e há uma semana arrecadaram o Challenger de Madrid. O melhor jogador português na variante (57.º, o parceiro está um lugar acima) vai jogar a 22.ª decisão na categoria – tem 14 troféus, oito dos quais em Portugal. Curiosamente, e apesar de ostentar dois êxitos no ATP Tour (um no Millennium Estoril Open), o portuense de 26 anos vai à procura do maior título Challenger.
A final entre as melhores duplas do torneio vem no final da jornada no Court Central do Complexo de Ténis do Jamor, que abre com dois embates de singulares bastante aliciantes.
Katie Volynets, segunda cabeça de série do Oeiras Ladies Open e top 80 WTA (ex-56.ª) contra Dalma Galfi, ex-top 80 e atualmente no posto 149 WTA. Volynets está a disputar a primeira final da temporada e a segunda do palmarés no nível WTA 125 (em julho venceu na Croácia na última decisão que alcançou). Galfi está em grande forma e só neste mês de abril atingiu duas finais desta estirpe – tem agora três na carreira, ainda em busca do primeiro sucesso nesta categoria e o maior da estante.
As duas chegam à decisão sem perder qualquer parcial. A húngara cedeu 26 jogos, Volynets somente 18.
Vai ser um terceiro frente a frente entre ambas (1-1). Diferente da final masculina, onde Francisco Comesana e Elmer Moller vão digladiar-se pela primeira vez.
Comesana é o primeiro cabeça de série, o campeão em título e soma nove sucessos de empreitada no Jamor. Moller conhece o sabor de celebrar em Portugal, pois a seguir às meias-finais no último Del Monte Lisboa Belém Open levantou o troféu em Braga para se estrear a vencer no ATP Challenger Tour.
Esse é, ainda, o único troféu na categoria para o dinamarquês de 21 anos, que vai jogar a sexta decisão no nível intermédio do ténis profissional masculina. Já o número cinco argentino marca presença na décima final no ATP Challenger Tour (primeira de uma época marcada pela estreia numa meia-final no ATP Tour, e logo num ATP 500, no Rio Janeiro) e vai tentar caçar o oitavo título.
Mas, antenção: Comesana é top 100, sim (62.º), mas Moller (148.º) tem um saldo de cinco sucessos em seis compromissos face a essa elite e só nesta prova bateu o pé a Thiago Monteiro e Roman Safiulin.
Os dados estão lançados. Agora é esperar que a chuva colabore para sermos presenteados com ténis de elevada estampa.
