OEIRAS – Francisca Jorge e Matilde Jorge entraram a vencer na nona edição do Oeiras CETO Open e agendaram compromissos com duas das principais favoritas ao título. Nada que intimide as melhores tenistas portuguesas da atualidade.
A mais velha das irmãs (25 anos feitos na segunda-feira) ultrapassou a colega de seleção, Angelina Voloshchuk, num duelo onde alterou a variedade da altura da bola com um ténis mais reto que considera ter surpreendido com a compatriota mais nova, talvez com demasiado respeito pela mais cotada. Mais rodada em terra batida do que na semana passada, no Jamor – a prova de pares foi, também, importante para isso -, Francisca Jorge destacou a melhor movimentação no pó de tijolo.
Já Matilde Jorge somou o primeiro triunfo da carreira num quadro principal no Clube Escola de Ténis de Oeiras, mas isso na cabeça nem foi tema para tirar o sono. Importante lograr pontos quando não há nada a defender, especialmente depois de cair no ranking na semana passada por não defender a cotação relativa aos quartos de final do Oeiras Ladies Open – tal como, aliás, a irmã.
Esta quinta-feira, Francisca Jorge encara Tamara Zidansek – 155.ª da tabela WTA, mas 22.ª em 2022 fruto do título no circuito principal conquistado em 2021 (tem três finais no total) e, sobretudo, das surpreendentes meias-finais alcançadas em Roland-Garros no mesmo ano. Apesar do currículo, o conhecimento não é muito.
“Já a apanhei em vários torneios, mas não a vi muito bem. Tenho a ideia que é mais uma jogadora de terra batida, com uma bola em spin. Mexe-se bem, é atlética. Vai ser bom, ela é mais experiente, mas eu tenho fator casa, conheço bem estes campos e tem havido público a apoiar-me. Vou agarrar-me às coisas que consigo fazer bem. Vai ser duro, eu aguento o duro. Estou preparada”, mencionou em conferência de imprensa após carimbar o acesso aos quartos de final de pares, algo que vai procurar em singulares.
A mais nova das irmãs vimaranenses tem, em teoria, uma missão ainda mais complicada já que do outro lado da rede estará a belga Greet Minnen, primeira cabeça de série e única top 100 do quadro (90.ª, ex-59.ª). “Vi-a na Lituânia [Billie Jean King Cup]. É uma jogadora bastante completa, vem para a rede quando tem oportunidade até. Faz tudo, não tem ali um padrão muito fixo. Mas também acho que sou uma jogadora completa e só tenho de entrar para o campo a full e dar o meu melhor, ser competitiva. Se fizer as coisas bem sou difícil de derrotar. Tenho de acreditar em mim”.
A confiança, portanto, não será um obstáculo. A partir das 12h30 tem a primeira palavra Matilde Jorge, logo a seguir Francisca Jorge.