Francisca Jorge foi “recompensada” por “fazer as coisas certas”

Beatriz Ruivo/FPT

Francisca Jorge estava a desenhar a reviravolta contra uma ex-semifinalista de Roland-Garros quando Tamara Zidansek lhe facilitou a tarefa ao desistir no final do segundo set, um resultado que ajudou a número um nacional (277.ª WTA) a igualar o melhor resultado da temporada e a manter-se na rota de mais uma final no CETO, onde terminou como finalista em 2023.

“Foi um encontro bastante difícil. No primeiro set tive oportunidades de conseguir um melhor resultado, mas ela tem um jogo difícil, não é fácil de controlar logo nas primeiras bolas. Fui à procura, estava a fazer as coisas certas, mas sem conseguir concretizar tanto. Estive 3-1 abaixo no segundo set, mas sabia que estava no caminho certo apesar de as coisas não me estarem a correr bem e foi a isso que me agarrei porque sabia que podia dar a volta”, explicou a vimaranense depois de carimbar um lugar nos quartos de final do Oeiras CETO Open.

A recuperação estava bem encaminhada pois ao inverter a segunda partida ganhou o ascendente e foi nesse momento que Zidansek, doente, abdicou do resto: “Como é óbvio não gosto que acabe assim, mas também sabe bem porque é menos um set que tens de jogar e de lutar. Faz parte, podia ter sido ao contrário e sei que ela não ia sentir pena de mim. Por isso estou contente com a vitória hoje.”

A adversária eslovena tem no currículo umas meias-finais em Roland-Garros 2021, mas as credenciais não impressionaram Jorge em demasia: “Sabia que ela é bastante competente, sobretudo na terra batida, mas também que tinha soluções para dar a volta, independentemente de ela já ter conseguido resultados como esse. Está a jogar bom ténis e é uma boa jogadora, muito lutadora, mas independentemente do estatuto e do respeito que tenho por ela tentei focar-me mais no meu jogo.”

Nos quartos de final, Francisca Jorge vai ter pela frente outra jogadora com quem nunca mediu forças, Elena Pridankina (178.ª), de apenas 19 anos, mas esta quinta-feira ainda teve uma espécie de primeiro round ao enfrentá-la nos pares e com direito a uma reviravolta semi-épica.

“Durante o encontro [de pares] pensei nisso e honestamente acho que não me ajudou, porque estava a pensar nas sensações que podia tirar do par para o singular. Quando comecei a desligar-me disso as coisas começaram a correr melhor, mas deu para perceber que é uma boa jogadora, muito consistente. Tem peso na bola, que vem sempre muito comprida e acelera bem de cruzada e depois com a paralela e não vai ser um encontro fácil, mas acho que tenho soluções para a derrubar”, rematou.

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