OEIRAS – Os olhos de Francisco Jorge só vêem o processo. Mas se quisermos olhar para a alma da número um nacional é inegável que o regresso aos torneios do Grand Slam é o grande objetivo que se segue. As meias-finais no Oeiras CETO Open colocam Wimbledon em ponto de mira – ficará a uns bons 25 lugares da meta na próxima atualização do ranking.
“Vou-me agarrar a isso, quero voltar a esses palcos”, deixa escapar a tenista de 25 anos no rescaldo de uma dupla jornada no Clube Escola de Ténis de Oeiras. Sempre com um foco mais geral de melhorar dia a dia. “Há que focar no trabalho, acreditar mais em mim. Está a faltar alguma consistência”.
A questão da consistência e da necessidade de maior crença surgiu primeiramente no seguimento dos confrontos frente à elite do top 100. Este sábado, Francisca Jorge cedeu um 13.º duelo face a essa estirpe ao ser derrotada nas meias-finais do ITF W100 contra a belga Greet Minnen, 90.ª WTA. “Elas estão mais habituadas a jogar momentos importantes. Têm mais experiência a jogar a este nível”, reconhece a mais velha das irmãs Jorge, sublinhando concretamente a capacidade da antiga top 60 WTA ter subido o nível de jogo quando mais importou e o facto de se ter adaptado melhor ao forte vento sentido.
A maior final da carreira também ficou adiada e a terceira final W100 não se traduziu numa primeira decisão a este nível. Ainda assim, a semana foi “bastante positiva”. “Como é óbvio gostava de ter atingido a final e ganhá-la, mas no geral foi uma semana muito boa, de bastante bom nível. Tive bastante bem a nível de mentalidade e presença em campo”.
O maior lamento veio da assistência médica pedida no segundo parcial quando vencia por 4-3, com break. As dores no pé, nada de grave, assim o pediam, e em abono da verdade o pedido ao árbitro veio a 3-3. A “aprendizagem” fará com que talvez, noutra ocasião similar, venha a adiar a solicitação para não perder o ascendente.