OEIRAS – A nona edição do Oeiras CETO Open está a chegar ao fim. Greet Minnen e Yue Yuan, as duas grandes favoritas, chegam ao derradeiro encontro do torneio para levantar esta segunda edição consecutiva da prova como ITF W100, a mais importante categoria dos torneios da Federação Internacional de Ténis.
Pelo caminho ficaram 30 jogadoras, uma delas destacou-se: a alemã Mona Barthel, de 34 anos, cedeu nos quartos de final e mostrou ambição numa passagem pela sala de imprensa do Clube Escola de Ténis de Oeiras.
Já foi 23.ª da hierarquia WTA em 2013 e jogou em Oeiras como a tenista mais credenciada, curricularmente falando, entre todas as protagonistas. São quatro os títulos no circuito principal (o último em maio de 2017, o maior um WTA 500) em sete finais no total, algo ao alcance de poucas. Em torneios do Grand Slam, a germânica de Neumunster chegou a alcançar a segunda semana do Australian Open de 2017. Tudo registos para, aos 34 anos, prestes a completar 35, e fora do top 200 (207.ª), pendurar as raquetas e gabar-se do logrado. Barthel não pensa da mesma forma.
“Tive uma grande carreira e sou muito sortuda por isso. Estive tantos anos no top 100, joguei os melhores torneios do mundo e várias vezes, umas nove ou 10 cada. Claro que às vezes é difícil aceitar não estar nessa psoição, mas ainda posso jogar bom ténis e sem lesões posso voltar a esse nível”, disse depois de vencer a segunda eliminatória no CETO, uma semana após ter cedido na estreia no Oeiras Ladies Open.
“Quando comecei a jogar tudo aconteceu muito depressa e entrei no top 100 muito rápido. Há que adaptar, agora é diferente. No final do dia gosto de competir, gosto de jogar ténis, algo que fiz toda a minha vida. Se o meu corpo permitir gostaria de continuar a jogar. Se parar vou encontrar algo para fazer, mas enquanto puder jogar, enquanto sentir que posso competir a um bom nível, vou continuar”.
A própria descreve a relação com a profissão de sempre como “amor-ódio”. Mas, como diz a gíria popular, o sonho comanda a vida e Barthel gosta de sonhar acordada, com os pés no chão. Quer voltar aos quadros principais de competições do Grand Slam e “depois nunca se sabe. Se não acontecer não retira nada do meu passado e tudo o que atingir”.
Qual a motivação para subir tudo novamente? “Nem todos os dias são fáceis, a motivação surge também por superar momentos difíceis. Vencer encontros difícies, não desisitr…talvez não venha a atingir o que fiz no passado, mas até posso fazer melhor, quem sabe. No ténis tudo é possível. Com confiança em court e com o ténis afinado, porque não? Pelo menos dei a mim própria uma chance e se não acontecer, paciência. Se acontecer, ótimo”.