Francisco Cabral levou quase até ao fim a missão de voltar a celebrar o título de campeão diante do público no Millennium Estoril Open, mas a tarefa não ficou completa e despediu-se ao lado de Lucas Miedler com o troféu de finalista vencido do quadro de pares.
Naturalmente cabisbaixo depois de não ter achado o antídoto para travar os favoritos Ariel Behar e Joran Vliegen, o portuense lamenta o desfecho mas garante que o saldo é positivo: “Agora é difícil fazer uma avaliação positiva, mas acaba por ser uma semana boa. Não jogámos mal, mas não foi suficiente porque eles são uma dupla experiente e souberam aproveitar as nossas debilidades. Eles sentiram-se mais confiantes e nós mais apertados.”
“Este campo é muito complicado de jogar, parece que o vento fica em remoinho, não está sempre na mesma direção. Infelizmente não nos adaptámos melhor do que eles mas o ténis é assim. Não posso ficar triste porque ganhámos três encontros e perdemos um, e acabámos por ter uma semana positiva”, continuou a expressar o português, que há três anos saiu com um sorriso no rosto.
O foco já se dirige para o que resta da temporada de terra batida, mas o sabor ainda é amargo: “Perder é sempre perder, mas o Estoril é um lugar especial, onde ganhei o primeiro título e o maior torneio em Portugal. Queria muito ganhar aqui e acaba por pesar um pouco mais esta derrota, mas já vou treinar para fazer melhor nas próximas semanas.”
Segue-se uma viagem para a Cidade Eterna, com planos ainda em suspenso, e a parceria com Lucas Miedler — ao lado de quem já disputou três finais na últimas quatro semanas — é para manter: “Vou para Roma, para ver se consigo entrar no Masters 1000. Caso não entre, o plano será jogar o 175, ou em Bordéus ou em Turim, na semana seguinte um 250 em Genebra e depois Roland-Garros.”
