Sem estar a 100%, João Domingues tem um novo lema: gerir e aceitar

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRAS – Não está onde e como quer, não está totalmente recuperado. Ainda assim, não há como negar o dia feliz para João Domingues no regresso às vitórias no ATP Challenger Tour. O experiente tenista português de 31 anos quer mais, sabe que o caminho é longo, e neste regresso à competição segue uma nova diretriz: “gerir e aceitar”.

“É dia a dia. Às vezes tenho crises, outras não. Por enquanto ainda não estou estável. É sempre uma incógnita saber como vou estar, tenho de conseguir gerir da melhor forma”, contou em conferência de imprensa posterior ao triunfo diante de Sebastian Fanselow, alemão com residência em Portugal.

“Não estou a voltar a 100%”, admite, o que obriga a uma gestão mental da carreira e dos próprios encontros. Ter como recompensa voltar aos sucessos num circuito onde foi feliz outrora (três títulos em quatro finais) é “satisfatório”, ainda que sem motivos para euforia. “Estou satisfeito por ter jogado e estou a tentar desfrutar ao máximo aquilo que consigo. Estou feliz por estar amanhã na segunda ronda do qualifying. Há duas semanas tive de desistir de um torneio porque tive dores [quartos de final do ITF de Sanxenxo] e estar aqui aqui a jogar, mesmo sem ser da forma que gostaria, estar novamente dentro de um torneio, é sempre bom”.

A alegria não é maior porque João Domingues sabe que o “processo é demorado” e o nível está longe do pretendido a longo prazo. “Tenho de ver o lado positivo, ganhei, até porque há um mês e meio não conseguia jogar. Agora fui competitivo, estive presente e bem em alguns momentos. Mas tenho de ser mais intenso para chegar onde quero chegar”.

O tal “processo demorado” envolve “aceitar a dor” nas costas e gerir a situação antes, durante e após os embates. E no final de contas há metas altas para atingir, que passam pelo regresso aos grandes palcos da modalidade. Por isso não é uma vitória que o vai satisfazer na totalidade.

E quando tudo é uma indefinição – ainda na passada quarta-feira não conseguiu treinar devido às dores, o que criou dúvidas e nervosismo para a estreia no Oeiras Open 5 -, João Domingues tem, para já, uma certeza: segunda-feira é dia de lutar pelo quadro principal do derradeiro torneio Challenger no Jamor diante do suíço Leandro Riedi, um opositor desconhecido para o ex-top150 ATP.

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