Henrique Rocha foi derrotado no encontro mais aguardado do derradeiro Oeiras Open, mas despediu-se do Jamor com a confiança reforçada e apontou ao apuramento para o quadro principal de Roland-Garros como o próximo objetivo — que também seria o concretizar de um sonho de criança.
“Foi um encontro muito emocional e com muitos nervos à mistura. Estes encontros nunca são fáceis e nem sempre se joga apenas ténis, há um bocadinho mais do que isso, mas conseguimos os dois fazer um bom jogo e o primeiro set teve um nível incrível. A partir do segundo comecei a ir-me um bocadinho abaixo fisicamente, mas continuei a lutar e acho que não posso estar triste por esta derrota. Fiz um bom encontro e antes jogasse muitos jogos assim”, analisou após a derrota de 3h06 para o amigo Gastão Elias, 13 anos mais velho.
Na véspera, o portuense de 21 anos tinha interrompido uma série de oito derrotas negativas e apesar do regresso aos triunfos ter sido curto admitiu que esta semana foi importante para as que se seguem: “No Estoril e em Praga já me tinha sentido a jogar bem e consegui voltar ao caminho certo. Às vezes os treinos não me têm corrido tão bem, mas esta vitória deu-me uma confiança extra.”
Agora, a próxima paragem é Paris, onde há um ano competiu pela primeira vez num torneio do Grand Slam como tenista profissional. O objetivo é fazer o que ficou perto de conseguir na Austrália: chegar pela primeira vez ao quadro principal, “o objetivo que toda a gente tem quando vai jogar o qualifying“ e “um sonho” que tem desde que se lembra.