Radiante após superar “semana de muitos altos e baixos”, Nuno Borges pisca o olho ao Millennium Estoril Open e ao top 100

Nuno Borges já se tinha dado bem em solo italiano esta época (uns quartos de final, uma meia-final e uma final) e em Barletta superou-se, ao carimbar cinco triunfos em cinco encontros para conquistar o segundo e mais importante título de singulares no ATP Challenger Tour. Depois de dias desgastantes, não escondeu a alegria e descreveu a sensação de voltar a celebrar no circuito secundário.

“Não podia estar mais feliz. Foi uma semana de muitos altos e baixos, todos os encontros foram uma batalha e estou contente com a minha prestação na final. Este título num Challenger 80 é-me muito especial”, começou por admitir o maiato, de 25 anos, em declarações enviadas ao Raquetc a meio da tarde que o trará de volta a Portugal.

A pergunta já tinha sido feita e o discurso de Nuno Borges confirmou-o: a vitória em Barletta, num Challenger 80 (e em que até precisou de salvar um match point, nos quartos de final), tem um sabor diferente em relação ao título em Antália, um Challenger 50: “Sem dúvida que este bate diferente. O nível é superior e encontro cada vez mais jogadores que já estiveram no topo e agora estão a jogar estes torneios. Ganhar um destes significa muito para mim. Todos os jogos foram uma batalha e aprendi com estes torneios que se conseguir manter-me no jogo ao máximo tenho sempre uma hipótese. Este torneio foi o exemplo perfeito disso.”

Com a semana dourada em Barletta, Nuno Borges vai escalar 18 posições no ranking ATP, até ao 131.º lugar (a sua melhor classificação), e chegará ao Millennium Estoril Open na melhor fase da carreira. Quando questionado sobre a possibilidade de receber o último wild card disponível para o ATP 250 português, onde há um ano brilhou ao passar o qualifying e só perdeu numa segunda ronda muito equilibrada para Marin Cilic, atirou, entre risos, o assunto para quem manda: “Essa é uma boa questão para o diretor do torneio, João Zilhão. Sinceramente não faço ideia, mas sem dúvida que isto traz confiança para o meu ténis”, respondeu com boa-disposição.

Se o maior torneio de ténis organizado em Portugal está a apenas seis dias de distância, a estreia no top 100 do ranking mundial também parece estar próxima de acontecer, mas uma vez mais foi com os pés bem assentes na terra, e com precaução, que o número dois nacional abordou a questão: “Sinto que o caminho ainda é logo e que preciso de continuar a trabalhar se quiser chegar aos cem melhores, mas é ótimo poder olhar para o que tenho feito e ficar com um sorriso risonho.”

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