A relva brilhava e suspirava ansiosa pelo começo do torneio; milhares de adeptos formavam filas um pouco por todo o bairro SW’19. No All England Club, tudo estava pronto para a 128a edição do torneio mais histórico de todos. Esta segunda-feira arrancava Wimbledon e os britânicos tinham os olhos postos no seu campeão, Andy Murray – que, seguindo a tradição, abria a contenda no Centre Court. Era a primeira vez nos últimos 78 anos que um representante local o fazia,
A conquista do título na temporada passada havia retirado toda a pressão possível das costas do tenista escocês, assim como, com a sua prestação em Paris, haviam sido quebrados praticamente todos os recordes possíveis (é agora o britânico com mais meias-finais disputadas em torneios do Grand Slam). Apoiado pela sua mais recente treinadora, Amélie Mauresmo, e toda a sua família, convidada pelo clube para o camarote real, Murray apresentou-se imparável e venceu por 6-1 6-4 7-5.
David Goffin era um primeiro adversário matreiro. Muito talentoso e detentor de um conjunto de pancadas pronto a deixar qualquer um de pé atrás nos momentos mais inesperados, o jovem belga poderia ameaçar com a sua diversidade e atrevimento. No entanto, foi encostado não às redes mas bem à linha de fundo pelo favorito local (em especial nos dois parciais inaugurais), que justificou a ovação de pé que recebeu ao entrar em court ao dominar todo o encontro com o seu jogo enraizado numa primeira lançada potente e eficaz que o lançou para a glória.
Ainda hoje, entrarão em ação jogadores como Novak Djokovic (último encontro do dia no Centre Court), Jo-Wilfried Tsonga, Grigor Dimitrov e David Ferrer. Quanto ao britânico, terá como adversário na segunda eliminatória o esloveno Blaz Rola, que derrotou Pablo Andujar por 6-3 6-1 6-4.