Naomi Broady. O nome diz-lhe alguma coisa? Tem apenas vinte e quatro anos mas, para muitos, é já uma veterana. Pelo menos, no que às manchetes dos famosos tablóides britânicos diz respeito. Esta terça-feira, a tenista natural de Stockport deu um passo importante rumo à ‘limpeza’ do nome que involuntariamente deixou: “a bad girl do ténis britânico.”
Tudo remonta a 2007, quando a Lawn Tennis Associaton decidiu colocar um ponto final no apoio a Broady. O motivo? A publicação na rede social Bebo de fotografias consideradas menos próprias, onde Naomi, na altura com dezassete anos, aparece num clube noturno e ao lado de uma máquina de venda automática de preservativos. “As imagens revelam falta de disciplina e um comportamento intolerável”, afirmava, na altura, a LTA.
Broady, por sua vez, não entende a razão pela qual a publicação das fotografias assumiu contornos tão escandalosos a nível público: “Foi uma pose estúpida mas que pareceu horrível. Eu própria não sabia que se tratava de uma máquina de preservativos.”
No entanto, o episódio acabou por ser ultrapassado e esta época, com vinte e quatro anos e actualmente no 163º posto do ranking individual feminino, Naomi Broady regressou a Wimbledon graças a um histórico convite da organização do torneio. Com pouco dinheiro para si própria, pois, como afirma, “todo o dinheiro tem de ser usado no ténis, foi isso que decidi fazer”, tem lutado para se manter na competição e somou ontem uma incrível vitória na ronda inaugural perante Timea Babos, por 2-6 7-6(7) 6-0.
Até à data, a britânica apenas havia participado por duas vezes em quadros principais de torneios do Grand Slam (perdera na ronda inaugural de Wimbledon em 2011 e 2012), pelo que a vitória de ontem é não só vital para a sua carteira – afinal, amealhou mais de 40.000 libras – como, também, para a sua carreira. Na próxima etapa, medirá forças com a ex-número um mundial Caroline Wozniacki, da Dinamarca.
Fotografia: divulgação
