Frederico Marques, ao Raquetc: “O objetivo principal passa por chegar à terceira ronda de Wimbledon”

Frederico Marques-2

Depois de Halle e Antália, João Sousa prepara-se para disputar o torneio de Wimbledon pela oitava vez na carreira (a quinta no quadro principal). Ao RAQUETC, Frederico Marques falou sobre os eventos de preparação para o Grand Slam britânico e revelou os objetivos a alcançar no mítico All England Club.

“Estamos bastante contentes com o nível demonstrado em ambos os torneios. As condições em Antália eram bem diferentes das condições do torneio de Halle. Em Antália, um torneio com mais calor, o campo não tão rápido, as condições dos campos secundários, mais ressaltos, um jogo mais imprevisível e menos limpo. Em Halle, um clima fresco, campos em muito melhores condições, bastante mais rápido e mais parecido a Wimbledon. Dois torneios distintos em termos de adaptação”, observou.

João Sousa não passou do encontro de estreia em Halle (a tal derrota frente a Robin Haase, num encontro em que teve 3 match points) e chegou aos quartos de final em Antália. “O João esteve muito competitivo em ambos os torneios. Apenas conseguimos pontuar num deles, mas o mais importante foi o nível de jogo apresentado, esteve muito bem em ambos”, assegurou o treinador português de 31 anos.

Portanto, é com ambição e confiança que a dupla encara a participação no mais antigo torneio de ténis do mundo. “Chegamos a Wimbledon com jogos nas pernas, com ritmo de jogo e teremos pelo menos 3 dias de recuperação até à primeira ronda. Tempo mais que suficiente para recuperar completamente. Para já, fazemos um balanço positivo na fase de relva. Falta ainda um torneio e somos ambiciosos”, evidenciou.

E o que seria um bom resultado em Wimbledon? “Queremos continuar a ter mais dias a este nível e com esta continuidade. O nosso objetivo principal passa por chegar à terceira ronda [tal como em 2016]. A partir daí já tudo pode acontecer. Treinamos para competir nos grandes torneios e contra os grandes jogadores”.

Sergiy Stakhovsky (109.º), que gosta muito de jogar em relva, ou não tivesse como referências Pete Sampras e Patrick Rafter, é o primeiro adversário de João Sousa no major britânico. O ucraniano de 32 anos até pode estar longe dos seus melhores tempos (já foi 31.º ATP, em setembro de 2010) e andar a disputar torneios Challenger (venceu, inclusive, um em relva no passado domingo), mas quem derrota Roger Federer em Wimbledon (2013) merece atenções redobradas.

“Queremos e temos nível para vencer encontros neste e nos restantes torneios do Grand Slam. [Stakhovsky] É um adversário exigente, um adversário que tem como superfície favorita a relva. Já venceu o Roger Federer uma vez aqui em Londres. Mas não nos podemos esquecer que o João é um jogador muito completo e experiente, temos já várias e boas vitórias este ano e chegamos com confiança e ritmo competitivo”, lembrou.

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