Dayana Yastremska enfrentou os dias mais difíceis da sua vida quando teve de deixar para trás os pais e abandonar a Ucrânia em plena guerra acompanhada da irmã. França foi o destino da ex-número 21 mundial e foi lá que este sábado — exatamente uma semana depois de ter fugido do seu país — alcançou a quinta final da carreira no circuito WTA, primeira em dois anos.
Muito emocionada, praticamente sem saber o que dizer e sem conter as emoções próprias da situação difícil que atravessa, a atual número 128 mundial não conseguiu transformar em palavras o que sentiu assim que derrotou Sorana Cirstea pr 7-6(5), 4-6 e 6-4 para chegar ao encontro decisivo no WTA 250 de Lyon.
“Preciso de parar e pensar no que estou a sentir neste momento. Sinto que estou nas núvens e que ainda não me apercebi ao certo de que estou na final”, admitiu após surpreender a Romena para adicionar mais um capítulo histórcio a uma semana que dentro do court se tem desenrolado em contraste total com os dias que antecederam a chegada a França.
“Quando fiz a minha publicação no Instagram recebi muitas mensagens de franceses e outras pessoas de todo o mundo, mas não estava à espera de receber tanto apoio. Quero agradecer muito, muito a toda a gente, não sei que mais possa dizer”, acrescentou Yastremska, que em Lyon vai disputar a primeira final desde que se sagrou vice-campeã em Adelaide, em janeiro de 2020. Foi antes dessa final que conquistou os três títulos que tem no currículo: Hong Kong 2018 e Hua Hin e Estrasburgo em 2019.
A derradeira adversária de Dayana Yastremska será a chinesa Shuai Zhang (64.ª), que negou a festa ao público da casa ao eliminar Caroline Garcia por 6-2 e 7-5.
