Emma Raducanu não sabia o que era competir em terra batida há quatro anos, desde os tempos em que ainda era júnior, e teve como primeiro teste profissional na superfície uma estreia recheada de responsabilidade pela seleção da Grã-Bretanha na Billie Jean King Cup. Dividida em dois atos (uma vitória e uma derrota), a primeira aventura ao mais alto nível da britânica no pó de tijolo foi insuficiente para carimbar o apuramento para a fase final, mas deixou bons sinais. Cinco dias depois, reforçou-os com uma vitória muito convincente no WTA 500 de Estugarda.
A disputar o primeiro encontro da carreira em torneios WTA nesta superfície (o sucesso precoce no US Open fê-la saltar etapas como nos velhos tempos do circuito feminino), Raducanu só precisou de 65 minutos para ultrapassar a qualifier australiana Storm Sanders com os parciais de 6-1 e 6-2.
De sorriso no rosto, a teenager de 19 anos amplificou ainda mais a já por si impressionante estreia na superfície ao contar que precisou de ajuda para aprender a deslizar… Nos dias de preparação para a eliminatória da Billie Jean King Cup do último fim de semana: “Por esta altura na última semana estava a treinar em Praga e genuinamente não sabia como movimentar-me. O meu preparador físico usou uma bola medicinal para me ensinar, por isso estou muito agradada com o que evoluí nestes dias”.
As agressivas bolhas nos pés que a perturbaram no desaire por 6-1 e 6-1 para Marketa Vondrousova no segundo singular que disputou contra a República Checa, no sábado, não deram sinais de a perturbar e assim Raducanu despachou a estreia no prestigiado torneio de Estugarda, no qual entrou com mais winners (17) do que erros não forçados (14) e impressionantes 83% de primeiros serviços colocados.
O próximo desafio de Emma Raducanu será a alemã Tamara Korpatsch, número 118 mundial que entrou no quadro principal como lucky loser depois de perder, ironicamente, com Storm Sanders.
