Djokovic contra exclusão de russos e bielorrussos em Wimbledon: “Quando a política interfere no desporto não é bom”

Novak Djokovic cresceu numa Sérvia destruída pelo conflito dos Balcãs e conhece o trauma da guerra, mas é contra a exclusão de atletas devido à sua nacionalidade e esta quarta-feira condenou a decisão de Wimbledon. O torneio britânico anunciou que não permitirá a participação de tenistas russos e bielorrussos na edição de 2022.

“Vou sempre condenar a guerra e nunca a apoiarei. Sendo eu próprio uma criança da guerra, conheço o trauma que deixa. Na Sérvia, todos sabemos o que aconteceu em 1999, (…) mas penso que [a decisão de Wimbledon] é uma loucura. Quando a política interfere no desporto, o resultado não é bom”, afirmou o número um mundial aos jornalistas no ATP 250 de Belgrado, em que precisou de suar para ultrapassar uma estreia muito complicada.

Confirmada na manhã de quarta-feira, a decisão dos responsáveis de Wimbledon deu rapidamente origem a muita polémica. A ATP e a WTA, responsáveis pelos circuitos masculino e feminino, respetivamente, reagiram e em comunicados separados teceram duras críticas à opção dos britânicos, que consideram ser discriminatória e perigosa para o futuro do desporto.

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