Nuno Borges (número 126 ATP) qualificou-se, esta quarta-feira, para a terceira e última ronda do qualifying de Roland-Garros e está a um passo de cumprir o primeiro grande objetivo de qualquer jogador que participa na primeira fase de um torneio do Grand Slam. Com muito apoio nas bancadas do complexo parisiense, o número dois nacional enalteceu os “gritos” que ouviu e prometeu “dar tudo” para ultrapassar o derradeiro obstáculo desta semana.
“Fiquei surpreendido por ter tanto apoio português. Fizeram-se sentir imenso a gritar por mim, até gritaram ‘Nuno, Nuno, Nuno’. Fora de casa não vou ter muitas vezes este tipo de experiências, mesmo em torneios do Grand Slam se calhar só mesmo aqui é que há uma comunidade assim tão grande e foi muito especial ter tanta gente a apoiar-me efusivamente”, contou ao Raquetc depois de derrotar Felipe Meligeni Rodrigues Alves (190.º) por 6-7(5), 7-6(3) e 6-2.
Sobre o encontro com o brasileiro, Nuno Borges destacou “dois sets duríssimos” no arranque do encontro. “Também estive mais nervoso do que o normal e isso fez-se sentir um bocadinho, mas estou muito contente por ter ganho. Apesar de não ter jogado o meu melhor ténis foi bem conseguido da minha parte, senti que me aguentei bem até ao fim e isso acabou por render no terceiro set.”
Agora, o maiato de 25 anos — que até esta semana nunca tinha participado num torneio do Grand Slam como profissional, apesar de ter viajado para a Austrália em janeiro (testou positivo à covid-19 quando faltavam poucas semanas para competir) — está a um passo de inscrever o nome no quadro principal. Para o fazer, terá de passar pelo húngaro Zsombor Piros (189.º), que conhece bem.
“Já o vi jogar várias vezes e sei que é muito versátil. Joga bem em todos os pisos e foi número um mundial de juniores, por isso estou à espera de um jogo duríssimo. Espero conseguir jogar melhor do que hoje e é para dar tudo porque quero muito entrar no quadro principal”, concluiu.
