João Sousa: “Estou triste pela derrota, mas sei que não sou um robot e preciso de descansar”

RAQUETC EM PARISJoão Sousa despediu-se de Roland-Garros mais cedo do que desejava ao ser derrotado na segunda ronda do quadro principal pela quinta vez na carreira, mas fez um balanço positivo da passagem por Paris, onde não vencia há cinco anos, e da temporada de terra batida, a superfície em que disputou a segunda final da temporada.

“Hoje faltou-me claramente físico, estava bastante limitado”, lamentou o tenista português de 33 anos na conferência de imprensa que se seguiu à derrota por 7-6(5), 6-3 e 6-4 para o italiano Lorenzo Sonego, 32.º cabeça de série.

“Tive as minhas oportunidades no primeiro set, mas a meu ver ele foi muito feliz, demasiado feliz. Tive quatro set points e há três que ele salva com bolas na linha, um deles com uma bola que é dentro por 1 milímetro e isso dói um bocado, mas também é mérito dele, que foi corajoso para o fazer. No primeiro set ainda estive bem em termos físicos, mas depois quando as forças me faltaram não consegui estar mentalmente à altura do desafio e jogadores como o Lorenzo, que têm nível, não perdoam e foi isso que aconteceu. Tentei sempre voltar ao meu jogo, ser agressivo, mas não consegui. As condições estavam ainda mais pesadas do que na primeira ronda e senti muito isso, a minha bola não andava, não conseguia ser agressivo com a direita e tudo à mistura fez com que não conseguisse. Estou triste pela derrota, porque queria muito ganhar, mas também sou consciente de que não sou um robot e sei que estou a precisar de descansar”, acrescentou.

No encontro desta quinta-feira João Sousa chegou a ser assistido pelo fisioterapeuta, um pedido que justificou com “uma dor no adutor [direito] que já vinha da primeira ronda e que hoje agravou bastante, ao ponto de estar com dificuldades em andar, mas em princípio não será nada de grave.”

A derrota em Roland-Garros significou o final da época tradicional de terra batida para o tenista de Guimarães, que depois de algum descanso apontará à relva, com participações nos torneios de ‘s-Hertogenbosch, Halle e Maiorca antes de Wimbledon. Como balanço, João Sousa afirmou que “até à final em Genebra estava provavelmente a ficar aquém das minhas expetativas, mas sempre disse que estava a treinar muito bem e que os resultados nos torneios não estavam a acompanhar os nossos treinos. Eu e o Frederico [Marques, treinador] éramos conscientes disso e o ténis acaba sempre por nos devolver. Se continuar a trabalhar bem, os bons resultados virão e é isso que estou disposto a contiuar a fazer.”

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