À terceira foi de vez: Gilles Simon, o novo “Monsieur 500” do ténis francês, despede-se definitivamente de Roland-Garros

O público levantado, os braços no ar, as gargantas afinadas e em uníssono. Quatro dias depois de Jo-Wilfried Tsonga ter colocado um ponto final na carreira em pleno Court Philippe-Chatrier, ocasião que teve direito a uma despedida de gala, este sábado foi a vez de Gilles Simon se despedir — não do ténis (esse adeus fica para o final do ano), mas de Roland-Garros, que também o aplaudiu de pé numa semana em que fez história.

Por Gaspar Ribeiro Lança, em Roland-Garros

Aos 37 anos, Gilles Simon não esperava voltar a vencer em Paris. Mas fê-lo não só uma vez, com um triunfo de loucos já para lá da 1h da madrugada na primeira ronda, como duas, ao vencer o norte-americano Steve Johnson por 7-5, 6-1 e 7-6(6) na quinta-feira, dia em que se tornou no terceiro “Monsieur 500” do ténis francês.

É que aquela vitória na segunda ronda de Roland-Garros foi a 500.ª da carreira de Gilles Simon em encontros de singulares, um número redondo que provavelmente alcançaria antes de pendurar as raquetas, no final do ano, mas que não era esperado em Paris — e por isso não houve bolo, números impressos num formato de grande dimensão ou outra qualquer homenagem, como tantas vezes se vê em ocasiões como esta.

Mas este sábado houve. No dia do adeus ao maior palco do ténis francês, adeus esse que aconteceu à custa de Marin Cilic (um dos jogadores em atividade com melhor currículo), que venceu por 6-0, 6-3 e 6-2, Gilles Simon recebeu das mãos de Gilles Moretton (presidente da Federação Francesa de Ténis) e de Amélie Mauresmo (diretora de Roland-Garros) o icónico troféu com as várias camadas que compõem os campos de terra batida de Roland-Garros.

Debaixo de uma enorme salva de palmas, assim foi o o adeus a Paris do mais recente “Monsieur 500”, feito que até aqui só Richard Gasquet (574 vitórias) e Gael Monfils (523) tinham alcançado. Fora do top 3 estão Yannick Noah (482), Fabrice Santoro (470) e Tsonga, que terminou a carreira com 467 triunfos.

À bientôt, Gillou.

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