LOUSADA — Matilde Jorge sagrou-se campeã nacional de sub 18 pela terceira vez e após a revalidação do título destacou a concentração como aspeto fundamental para a conquista, a última da carreira neste escalão.
“Hoje estive bastante bem. Meti na cabeça que queria estar muito concentrada durante todo o encontro, focada em estar calma e não me chatear mesmo que falhasse e acho que me mantive muito concentrada durante toda a final. Foi isso que fez a diferença, porque a Maria estava a jogar a um bom nível, mas eu consegui ser muito sólida”, salientou após vencer Maria Garcia — a atual campeã nacional de sub 16 — por 6-1 e 6-2 no Lousada Ténis Atlântico.
“Desde o início que vinha aqui para ganhar. Tentei jogar jogo a jogo sem pensar muito na final, nem olhei para o quadro e concentrei-me ronda a ronda, mas era esse o objetivo. Senti que nas primeiras rondas estive mas nervosa. Hoje, na final, também senti, mas estava muito mais focada, a pensar nas coisas certas e correu muito melhor”, acrescentou a jovem vimaranense de 18 anos.
Na véspera, Matilde Jorge também conquistou o título de pares, ao lado de Maria Santos, numa jornada em que até pensou que não iria a jogo na final por causa de uma lesão abdominal sentida pela parceira. “Não estava à espera de jogar, mas ela quis tentar e eu ia apoiá-la fosse qual fosse a decisão que tomasse. Tentámos jogar com o que tínhamos, de forma simples, e conseguimos lutar até ao fim sem desistir e acabou por correr bem.”
Com a carreira de júnior encerrada, a tenista de Guimarães aponta ao regresso ao circuito profissional já a partir da próxima semana, no ITF de 25.000 dólares de Leiria, e não esconde um objetivo para a reta final da época: “Gostava de acabar o ano no top 600, não tenho medo de o dizer. Estive uns meses sem jogar Futures porque fui aos juniores, mas agora tenho de acreditar em mim e dar o meu melhor”, concluiu a atual número 771 do ranking WTA (foi 674.ª em junho, antes participar no Campeonato da Europa de sub 18).
