Félix Auger-Aliassime não treme e Canadá vence a Taça Davis pela primeira vez

Pedro Salado/ Quality Sport Images / Kosmos Tennis

MÁLAGA — A espera terminou: 109 anos depois de participar na Taça Davis pela primeira vez, o Canadá conquistou, este domingo, o primeiro título, tornando-se no 16.º país a vencer a histórica competição por equipas.

O feito inédito foi alcançado com uma vitória por 2-0 frente à Austrália graças aos dois melhores tenistas canadianos da atualidade: primeiro, Denis Shapovalov venceu Thanasi Kokkinakis por 6-2 e 6-4; e depois Félix Auger-Aliassime levou a melhor sobre Alex de Minaur por 6-3 e 6-4.

O Canadá alcançou pela primeira vez a final em 2019, mas esbarrou no favoritismo da Espanha no primeiro ano em que o torneio adotou o formato Davis Cup Finals. Três anos depois, e com um estatuto cada vez mais importante, o país chegou com outro peso à final perante uma Austrália desfalcada de Nick Kyrgios (regressou a casa depois de competir em pares no ATP Finals), mas que ainda assim surpreendeu e em Málaga regressou à final da Taça Davis pela primeira vez desde 2003.

Se nos quartos de final (contra os Países Baixos) e nas meias-finais (perante a Croácia) os comandados de Lleyton Hewitt — um dos heróis da última conquista australiana, precisamente em 2003 — conseguiram superar-se, na final deste domingo a história foi outra e o favoritismo canadiano confirmou-se.

Nem mesmo a velocidade de Alex de Minaur (residente em Alicante, fluente em castelhano e por isso muito apoiado pelo público malaguenho ao longo de toda a semana, sobretudo após o afastamento dos anfitriões) lhes serviu de algo.

Com Félix Auger-Aliassime muito próximo do nível que lhe permitiu conquistar consecutivamente os torneios de Florença, Antuérpia e Basileia antes de cair nas meias-finais do ATP Masters 1000 de Paris, foi o jovem de 22 anos, natural de Montreal, quem tomou as rédeas do encontro. Mesmo sendo testado nos primeiros jogos de serviço do duelo, mesmo tendo no seu braço o peso de mais de um século de espera.

E assim, após encontros de 1h29 e 1h41, respetivamente, o Canadá celebrou.

Uma conquista insólita, que começou com a repescagem para a fase de grupos após uma derrota por 4-0 para os Países Baixos nas Davis Cup Qualifiers, por causa da exclusão da campeã em título Rússia, mas acima de tudo histórica. O país tornou-se no 16.º a conquistar a Taça Davis e fechou 2022 como começou (na ATP Cup): a vencer.

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