Andy Murray (66.ª) regressou esta terça-feira a um palco onde viveu emoções fortes e um aguardado confronto com Matteo Berrettini (14.ª) acabou por se transformar na batalha mais dramática da primeira ronda do Australian Open. O britânico de 35 anos precisou de salvar um match point para ao fim de quase cinco horas clamar ‘vitória’ por 6-3, 6-3, 4-6, 6-7 (7) e 7-6 (6) e deleitado corroborou que o processo dos últimos meses foi recompensado.
O por cinco vezes finalista da prova de Melbourne recorda nas declarações após a maratona épica alguns encontros perdidos pela margem mínima e confessa que os desgostos foram aliviados com o sucesso desta madrugada: “Trabalhei mesmo no duro nos últimos três meses. Andava a jogar bem durante os treinos mas nos últimos anos perdi vários encontros como este em Grand Slams, como com Tsitsipas no US Open e um ainda mais equilibrado com Isner em Wimbledon. Este também me poderia ter escapado.”
Acredita que foi a serenidade nos momentos de maior pressão que evitaram um desfecho menos positivo e viu o azar de Berrettini como ‘prémio’ pelos esforços empreendidos: “Sinto que todo o trabalho feito nestes meses valeu a pena. Tive também alguma sorte naquele match point, mas penso que mereci porque permaneci sempre calmo no final.”
Mas não ofusca o seu mérito e vinca a pancada de serviço como a chave para a vitória: “Servi de forma inteligente durante o encontro e ele teve muito azar no match point. Fui um sortudo nessa altura, mas sempre servi bem e dei tudo em cada ponto. Estou muito feliz por isso ter sido suficiente.”
Na próxima ronda, o antigo número um mundial vai discutir a continuidade em prova com o vencedor do duelo entre o anfitrião Thanasi Kokkinakis (159.º) e o italiano Fabio Fognini (57.º), que se viram impossibilitados de jogar devido à chuva que se fez sentir em Melbourne.
