A passagem de Dominic Thiem (98.º) pelo Australian Open e a derrota por 6-3, 6-4 e 6-2 frente a Andrey Rublev (6.º) provou que há ainda um longo percurso a trilhar no regresso à elite após a lesão no pulso direito. As palavras do austríaco depois da derrota explicaram como a lesão abdominal sofrida a meio do segundo parcial acabou por dificultar ainda mais a tarefa frente a um dos principais favoritos.
“Acho que não joguei mal nos dois primeiros sets, tinha uma pequena desvantagem mas sentia que tudo estava equilibrado. Depois acabei por me lesionar, senti uma dor durante um serviço em que mudei a forma de lançamento da bola devido ao sol. A partir daí percebi que iria ser muito difícil e não consegui voltar a servir em condições”, começou por lamentar o finalista da edição de 2020 em conferência de imprensa.
Com a certeza de que o nível está lá, Thiem não tem dúvidas que o futuro próximo o voltará a inserir nos lugares de topo da tabela. Mas a falta de ritmo entre os melhores é vista como um considerável entrave: “Mais tarde acredito que volte a conseguir derrotar os melhores jogadores nos grandes torneios, é esse o objetivo. Mas para jogar com alguém do top 10 ou um dos principais cabeças de série não posso estar nestas condições físicas.”
