Foi com tenra idade que Rafael Nadal se estreou entre a elite do circuito mundial e aos 18 anos entrou pela primeira vez para o lote dos dez melhores classificados do ranking ATP, onde acabou por se tornar a presença mais assídua. Agora, efetiva-se um cenário que parecia cada vez mais provável: aos 36 anos, ‘El Toro’ vai abandonar pela primeira vez na carreira o top 10.
Longe da competição desde a lesão sofrida na segunda eliminatória do Australian Open, há mês e meio, o maiorquino foi forçado a desistir dos dois primeiros Masters 1000 da temporada – Indian Wells e Miami – e esse período de recuperação tornava cada vez menos previsível a sua manutenção dentro do grupo dos dez melhores da tabela.
E as esperanças que ainda restavam foram esta madrugada eliminadas com a prestação de Taylor Fritz no ATP 500 de Acapulco. A qualificação do norte-americano para as meias-finais da prova mexicana ditou a despedida de Nadal do top 10, e a sua vaga deixada ainda não conhece um substituto, pois o espanhol só vai sentir a queda na segunda-feira que sucede à conclusão do torneio de Indian Wells, a 20 de março.
Dias contados tem a histórica presença contínua de Rafael Nadal dentro do top 10 ATP: o registo, iniciado a 25 de abril de 2005, vai-se prolongar por ainda mais uma semana, e assume-se como uma das barreiras menos acessíveis de ser ultrapassada por outro jogador. A preponderância do jogador de Manacor dentro do topo colocou-o como líder nesta estatística, com 912 semanas frequentadas naquele grupo, seguindo-se de forma distanciada por Jimmy Connors (788.º) e Roger Federer (734.º). Novak Djokovic, o outro jogador no ativo no leque dos mais destacados, situa-se nas 555 semanas.
