Ruud rendido ao Estoril: “Está a tornar-se um dos meus ATP 250 preferidos do ano”

ESTORIL — Casper Ruud (5.º) averbou esta sexta-feira a vitória mais convincente de toda a temporada e quase tudo lhe correu às mil maravilhas na missão de afastar o campeão em título Sebastian Baez. Os parciais de 6-3 e 6-0 podem aparentar ter sido uma tarefa acessível, mas o norueguês sentiu que o perigo esteve sempre à espreita, sobretudo num início balanceado.

“Foi muito bom, tive um arranque ainda tremido mas felizmente consegui devolver o break e consegui vencer vários jogos equilibrados. É algo que acontece no ténis, vencer com uma pequena margem. Houve várias trocas de bolas e agora já estou ansioso para amanhã. Faltam menos de 24 horas e preciso de estar preparado”, começou por exprimir o último de quatro semifinalistas designados.

Partilha a predileção pela terra batida com Baez e foi por esse motivo que já antevia uma batalha trabalhosa, ainda que a reta final tenha sido de exceção, ao vencer os últimos nove jogos seguidos: “Ambos gostamos de jogar em terra e estava à espera de um encontro difícil, e foi. Mesmo que 6-3 e 6-0 não pareça, foi difícil e tive rallies duros e depois no segundo set já estava mais relaxado. Foi um encontro muito bom para o meu lado, aumentou-me a cada confiança e é um início perfeito para a temporada de terra batida. Cada encontro que ganhar é importante.”

O lugar na final está à espreita, mas também Quentin Halys tem as mesmas aspirações e Ruud confessou que há muito que segue aquela que está a ser a maior revelação da semana: “Está a subir muito, tenho-o andado a acompanhar porque é pouco mais velho que eu e esteve vários anos próximo do top 100. Agora já deu esse passo e já é top 80, é um jogador com muita confiança e ter derrotado Thiem dá-lhe ainda mais para amanhã. Vou tentar neutralizar os serviços dele se conseguir para poder prolongar os pontos.”

Logo após o término do encontro deixou uma bonita dedicatória a Portugal, onde no passado já havia disputado uma final Challenger, e apontou o Millennium Estoril Open enquanto torneio de eleição: “Viemos na quinta-feira da semana passada e temos tido ótimo tempo e condições perfeitas para jogar em terra batida. Estão dois graus negativos na Noruega, é bom poder aproveitar aqui o sol e desfrutar dos encontros. Estou muito feliz por estar cá e está certamente a tornar-se um dos meus torneios ATP 250 preferidos do ano, espero voltar no futuro. É muito bom poder jogar neste ambiente.”

O norueguês de 24 anos deixou ainda uma mensagem a Pedro Sousa, que tem planos de terminar a carreira nas próximas semanas e com quem se cruzou em duas ocasiões muito especiais: “Não tenho nada negativo a dizer sobre ele, joguei com ele duas finais na minha carreira, a primeira num Challenger e a segunda quando ganhei o meu primeiro ATP, ele estava um bocado lesionado. Perdi com ele em Braga, é um jogador muito talentoso e desejo-lhe um final de carreira positivo, espero que aproveite os próximos capítulos da sua vida.”

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