Carlos Ramos em lágrimas: “Não poderia ter sonhado com melhor forma de acabar a minha carreira”

ESTORIL — Foi de forma surpreendente que se soube do adeus de Carlos Ramos à arbitragem internacional e logo a seguir à final de singulares teve lugar no Estádio Millennium uma merecida e comovente homenagem a um dos melhores árbitros da história da modalidade. A terminar em casa, tal como era seu desejo, o lisboeta de 52 anos garantiu que não poderia sonhado com outro palco para encerrar este capítulo, iniciado em 1991.

Subiu ao palco primeiro do que os jogadores (o campeão Casper Ruud e o finalista vencido Miomir Kecmanovic) e foi com uma calorosa ovação do público que proferiu, emocionado: “Casper e Miomir, grande encontro. Sou privilegiado e orgulhado por ter feito o meu último encontro convosco. Amo Portugal, amo o Estoril Open. João [Zilhão], o início da minha carreira foi em Lisboa, na outra versão do Estoril Open, em que também estiveste presente. Era normal que acabasse no Estoril Open.”

Sem conter as lágrimas, o árbitro português – primeiro de sempre a arbitrar finais masculinas dos quatro Majors e Jogos Olímpicos – concluiu: “É uma página que se vira, com imensa gratidão e humildade. O ténis e a arbitragem fizeram de mim a pessoa que sou hoje e estou muito grato ao ténis, ao público português, ao circuito, tenho vários amigos que estão aqui. A minha mãe e a minha irmã estão cá e é orgulho que tenho a presença delas aqui hoje. Não podia ter sonhado com melhor forma de acabar a minha carreira.”

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