Zverev recorda lesão em Roland-Garros: “Aquela poderia ter sido a minha semana”

Alexander Zverev (16.º) voltou esta terça-feira a pisar terra batida pela primeira vez desde a pavorosa lesão sofrida em Roland-Garros. Ainda antes de anotar um triunfo em três sets que lhe permitiu ultrapassar a estreia no Masters 1000 de Monte Carlo, o antigo número dois mundial abordou essa quinzena vivida em Paris e acredita que essa adversidade o impediu de conquistar o primeiro Major da carreira.

O alemão, que foi forçado a desistir no tie-break do segundo set com Rafael Nadal devido a uma grave lesão no tornozelo, admitiu que se sentia com ritmo suficiente para recuperar da desvantagem frente ao recordista de Roland-Garros: “Pensava que lhe podia ganhar, mas não quero parecer arrogante. Ele é o melhor jogador de sempre em terra batida, por isso não se sabia o que poderia ter acontecido. Mas acho que poderia ter ganho a Nadal se não me tivesse lesionado. Mas também poderia ter perdido e ele iria ganhar na mesma Roland-Garros pela 14.ª vez.”

Lamentou que a inesperada lesão tivesse estragado os seus planos, num momento em que a segunda final do Grand Slam estava a três sets de distância: “Sentia que estava a jogar o meu melhor ténis de sempre na terra batida. Achava que podia jogar olhos nos olhos com ele, é certo que o resultado acaba por depender sempre de pequenos detalhes, mas aquela poderia ter sido a minha semana.”

Já encarrilhado para o regresso ao topo, Alexander Zverev destacou as atribulações que sentiu no regresso à competição: “Rafa e Roger são diferentes, voltam de uma lesão e começam a ganhar torneios logo a seguir. Não sei como fazem, mas fizeram isso durante 20 anos. Eu precisei de muito tempo, mas a minha lesão foi diferente e estive incapaz de andar durante dois meses. Precisei de voltar a aprender os movimentos novamente, para que depois pudesse voltar a correr. Não me posso comparar ao Rafa, porque quando ele volta de lesão começa a ganhar logo por 6-0, 6-1 ou 6-2.”

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