Portugal perde com os Países Baixos no arranque do Campeonato do Mundo de Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas

A seleção nacional portuguesa perdeu com os Países Baixos na jornada inaugural do BNP Paribas World Team Cup — Campeonato do Mundo de Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas. Organizada pelo segundo ano consecutivo pela Federação Portuguesa de Ténis e pela Premier Sports, a fase final da competição acontece na Vilamoura Tennis & Padel Academy entre os dias 1 e 7 de maio.

No papel de anfitrião pelo segundo ano consecutivo (desde 1991 que um país não organizada duas edições seguidas da fase final), Portugal perdeu por 3-0 com os Países Baixos no encontro que abriu a ação no Grupo D.

O primeiro a ir a jogo foi Carlos Leitão. Campeão nacional em oito ocasiões (2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2019), o jogador do Clube de Ténis de Pombal — e número 197 do ranking mundial — não conseguiu contornar o favoritismo de Tom Egberink (10.º), que venceu por 6-0 e 6-0.

“Representar a seleção é sempre um enorme prazer. Não tivemos muita sorte no sorteio e começámos contra os atuais bicampeões, mas fizemos o que pudemos”, explicou o tenista português após o primeiro encontro da equipa ‘da casa’. “É nestes encontros que aprendemos muito porque percebemos o caminho que ainda temos a percorrer.”

Depois, Jean Paul Melo (campeão nacional em 2015, 2016, 2017, 2018 e 2020 e atual número 124 mundial) cedeu pelo mesmo resultado para o melhor jogador neerlandês da atualidade, Ruben Spaargaren, terceiro classificado na hierarquia mundial.

“Não estamos habituados a defrontar adversários como estes, que fazem parte do top 10 mundial. As bolas deles são muito mais rápidas e vêm com mais efeito, portanto é uma boa experiência para o futuro”, explicou Melo, que também destacou “o orgulho” e “a alegria” de voltar a jogar com as cores de Portugal.

Já com o confronto decidido a favor dos Países Baixos, o selecionador nacional, Joaquim Nunes, lançou a jogo João Couceiro e o estreante José Sousa, mas Tom Egberink e Maikel Scheffers foram mais fortes e triunfaram por 6-1 e 6-0 apesar dos esforços lusos.

“Acima de tudo foi um sonho tornado realidade”, revelou José Sousa após o primeiro encontro em representação da seleção portuguesa. “Há cinco ou seis anos nunca pensaria chegar aqui e estrear-me em casa é uma sensação fantástica. Não me senti nervoso e fiquei surpreendido por isso, por isso espero sem dúvida que seja uma experiência a repetir nos próximos dias.”

Já João Couceiro, que é o atual campeão nacional e a figura do cartaz da prova, destacou que “ter mais uma oportunidade de estar entre os melhores e defrontá-los é uma enorme vantagem em termos desportivos, porque permite-nos evoluir, e do ponto de vista pessoal o facto de estar a representar uma nação e uma série de jogadores desta modalidade em Portugal é uma honra muito grande.”

No final da jornada, o selecionador nacional, Joaquim Nunes, fez o balanço da primeira prestação lusa: “Foi um dia previsivelmente difícil. Recorrendo a uma analogia, enfrentámos uma laranja mecânica do ténis em cadeira de rodas que tinha tudo para nos sair um bocadinho amarga. Por isso a expetativa era que os nossos jogadores dessem o seu máximo para tentarem fazer algo bonito e sobretudo no par conseguiram ter bons momentos. Os Países Baixos são uma das equipas mais fortes da competição, com jogadores muito eficazes técnica e taticamente, mas foi uma experiência interessante para a nossa equipa.”

No outro encontro do Grupo D, entre duas nações que tal como os Países Baixos conhecem a sensação de vencer este BNP Paribas World Team Cup, os Estados Unidos da América venceram o Sri Lanka e subiram ao segundo lugar.

Terça-feira será dia de descanso para a equipa de Portugal, que voltará à ação na quarta-feira para a segunda de três rondas da fase de grupos.

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