Borges lamenta: “Apresentei-me em condições físicas que não esperava e de certa maneira derrotei-me a mim mesmo”

PARIS — Nuno Borges não conseguiu dar continuidade à primeira vitória da carreira no quadro principal de singulares de Roland-Garros e sofreu uma derrota dececionante numa segunda ronda em que considerou não ter estado à altura do desafio, sobretudo por não ter conseguido recuperar da carga física que a vitória de domingo exigiu.

“Apresentei-me em condições físicas de que não estava assim tão à espera.Achei que ia recuperar melhor do que recuperei e de certa maneira fui desacreditando ao longo do encontro”, lamentou o tenista português de 26 anos depois de perder por 7-6(3), 6-4 e 6-3 para o argentino Diego Schwartzman (95.º e ex-número oito).

Em declarações na sala de imprensa de Roland-Garros, Borges fez uma análise honesta à exibição: “Não estive à altura do desafio e terei de pensar melhor no que é que podia ter feito, mas acho que passa sobretudo por uma preparação ainda melhor para a próxima ocasião. [Tendo em conta as circunstâncias, isto é, o cansaço] não poderia ter feito muito melhor hoje.”

“Houve muitos altos e baixos no meu nível, mesmo de cabeça estive perdido. Também estava calor, com o sol a bater, e ao ver o encontro complicar-se de certa maneira derrotei-me a mim mesmo. Tenho de aprender com a experiência”, acrescentou aquele que foi o único português a jogar o quadro principal de singulares. “Até recuperei bastante bem das dores musculares do primeiro encontro. Tive dois dias leves porque não quis andar a treinar muito para estar a 100% para hoje, mas não consegui e só mesmo testando o meu jogo é que me comecei a aperceber de como me sentia realmente. Menos ativo, a custar-me cair no serviço e fiquei muito aquém daquilo que queria estar numa ronda destas num torneio destes.”

Inscrito em quatro torneios durante a época de relva (dois Challenger, um ATP 250 e um Grand Slam), o melhor tenista português da atualidade ainda não sabe como serão os próximos dias, até porque ainda poderá entrar no quadro de pares de Roland-Garros. “Tentei inscrever-me nos torneios ATP de relva porque quero passar pela experiência completa e há coisas que posso desenvolver com a relva. Os melhores do mundo vão muitas vezes para lá, portanto eu vou para onde eles estão, mas não consegui entrar [nos quadros principais] portanto preferi entrar nos Challengers de Nottingham e Ilkley. Depois sim, estou no qualifying de Maiorca ou Eastbourne, mas se não conseguir jogar será sinal de que o torneio anterior me estará a correr bem.”

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