Oriol Roca Batalla, o novo campeão do Braga Open, diz que “não havia melhor lugar” para erguer o primeiro Challenger

Sebastião Guimarães/FPT

BRAGAOriol Roca Batalla passou grande parte da carreira a percorrer território espanhol para disputar torneios ITF, mas foi em Braga, que o encantou na primeira visita, já em 2019, que viveu o momento mais alto da carreira ao conquistar, este domingo, o primeiro título no circuito Challenger. Por isso, foi sem surpresas que no final de uma semana dourada voltou a declarar o amor à Cidade dos Arcebispos, da qual se despede com uma catapulta importante para continuar a superar-se aos 30 anos.

Ainda com dificuldades em exprimir as emoções depois de derrotar o croata Duje Ajdukovic na final do Braga Open para erguer o título mais importante da carreira, o tenista de Barcelona reforçou o que já tinha dito na véspera: “Não estava à espera de ganhar aqui”, apesar de sempre se ter sentido bem, “mas agora que aqui estou não havia melhor lugar para o fazer.”

O encontro deste domingo foi o sétimo de singulares para Roca Batalla no Clube de Ténis de Braga, mas a esses há a juntar mais três que disputou na variante de pares. E apesar do enorme teste físico a que foi submetido ao longo da semana o mais velho dos finalistas não acusou o desgaste. Pelo contrário, foi quando o encontro dele exigiu mais resistência que melhor resistiu, operando a reviravolta mais saborosa da carreira.

“Ele entrou muito bem no encontro e conseguiu muitos winners de ambos os lados. Também começou a servir muito bem, por isso eu sabia que tinha de manter a calma e lutar, lutar, lutar para tentar que não se mantivesse assim durante todo o encontro. Quebrei-lhe o serviço e fiz o 3-1, o 3-2 e comecei a sentir que estava a ficar melhor de jogo para jogo e que ele estava a repetir vários padrões, por isso percebi o caminho que tinha de percorrer e o resultado foi perfeito”, disse acerca da forma como deu a volta ao encontro.

Apaixonado por Braga, por Portugal e com muitos elogios tecidos a esta e às demais organizações levadas a cabo pela Federação Portuguesa de Ténis pelo país fora em colaboração com clubes, autarquias e patrocinadores, este espanhol de 30 anos fez questão de salientar “as voltas que a vida dá” na hora de comentar a melhor fase da carreira: “Há um ano perdi aqui na primeira ronda do qualifying, vindo de uma má fase, e tive uma chamada de duas horas com o meu preparador físico na praceta em frente ao hotel. Um ano depois a confiança é outra e tudo muda… A vida é incrível e esta é a prova de que temos de continuar a lutar porque nunca sabemos quando é que as coisas podem mudar.” 

Depois de duas finais perdidas (a primeira em 2015, a segunda já em 2023), Oriol Roca Batalla ergueu, finalmente, um título Challenger e garantiu a subida de mais 60 lugares no ranking. Na segunda-feira estará às portas do top 200 e da melhor classificação da carreira, alcançada há sete anos, e não se quer ficar por aqui: “Nenhum jogador cresce a dizer que quer ganhar um Challenger. Quero continuar a trabalhar e chegar o mais longe possível. Os torneios do Grand Slam são o próximo passo, já não os jogo há muito tempo, e com este título vou ficar mais perto.”

Concluída a missão “inesperada” em Braga, segue-se então Lisboa.

Mas, primeiro, “um final de dia para descansar e celebrar com um gelado antes da vitória de amanhã [segunda-feira] de manhã. Com uma garantia: “Estarei pronto para jogar já na terça-feira.”

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