OEIRAS — Martim Simões viveu dias inesquecíveis nos últimos meses de 2023 e fechou o ano com mais um acontecimento para mais tarde recordar ao ir a jogo num torneio do ATP Challenger Tour pela primeira vez. Apesar de não ter conseguido a vitória no Indoor Oeiras Open, o jovem português de 20 anos ficou contente com a experiência que marcou o arranque do ano de aposta no profissionalismo.
“Não era o resultado que eu esperava, mas acho que fiz um bom encontro. Estava nervoso e não joguei o meu melhor ténis, apesar de até ter jogado bem”, disse em conferência de imprensa após a derrota por 6-3 e 6-4 para o britânico Jay Clarke, ex-153.º e atual 393.º.
“Ele não está no seu melhor, mas conseguiu ser superior a mim. Não entrou muito bem e até ao 2-0 fez mais erros não forçados, mas depois subiu o nível”, acrescentou antes de apontar as maiores diferenças perante um adversário de outro calibre: “O serviço é bastante melhor do que eu e também é muito mais consistente durante todo o encontro, enquanto eu ainda cometo muitos erros.”
Depois de várias participações em torneios do circuito ITF, com destaque para aquela que, em setembro, o viu conquistar o primeiro ponto ATP da carreira (atualmente é o 1923.º classificado da tabela mundial), o Indoor Oeiras Open foi o primeiro torneio Challenger de Martim Simões, que não escondeu o entusiasmo: “É bom conseguir participar num torneio destes. Tinha pedido um wild card, mas não sabia se ia dar para ter. Estava mais à espera de o receber para os pares [foi campeão nacional ao lado de Diogo Marques, que também se estreou a este nível no domingo], mas não conseguimos entrar.”
Feito o “check” neste objetivo, segue-se a aposta no profissionalismo: “[Este ano] vou tentar jogar tudo o que conseguir. Ainda não defini nenhum objetivo, mas quero entrar nos quadros dos torneios ITF, pontuar mais e continuar a evoluir.”
